Sebastião Barbosa, pesquisador aposentado da Embrapa, foi empossado nesta quarta-feira pelo presidente Michel Temer como novo presidente da estatal, em cerimônia no Palácio do Planalto. Seu nome foi escolhido pelo conselho de administração da Embrapa a partir de uma disputa com outros 15 candidatos de dentro e de fora da empresa.
Barbosa reforçou que dará continuidade ao processo de reestruturação que seu antecessor, Maurício Lopes, vinha tocando. O desafio de modernizar a empresa passa por enxugar centros e unidades de pesquisa, reduzir cargos de comissão, otimizar o orçamento e estreitar parcerias com o setor privado no país e no exterior.
Barbosa também enfatizou a pretensão de reforçar a atuação internacional da Embrapa por meio de seus pesquisadores e laboratórios no exterior e também por cooperações com organismos como a FAO (braço da ONU para agricultura e alimentação) e o Banco Mundial.
“A partir de hoje começaremos a discutir com nossos gestores o processo de reestruturação da Embrapa. Vamos buscar uma aproximação cada vez maior com o setor produtivo, por meio da CNA Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), e essa é uma determinação direta do senhor ministro”, disse o novo presidente da estatal em seu discurso de posse.
Em tom de despedida do governo, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, defendeu a escolha de Barbosa e garantiu que o processo de seleção do presidente da Embrapa não teve interferência política. O ministro afirmou que o evento desta quarta-feira talvez tenha sido o último no Palácio do Planalto com sua participação e que irá se preparar para deixar o ministério em pouco mais de dois meses.
“Já estamos em transição no ministério. Tivemos nosso tempo de decolar, de voo de cruzeiro, de temperatura e pressão normal por dois anos e agora temos de nos preparar para o pouso no próximo dia 31 de dezembro. E um exemplo da nossa gestão foi a escolha do novo presidente da Embrapa, que não teve nenhuma interferência política”, afirmou Blairo.
Fonte: Valor Econômico