Sistema CNA inicia levantamento inédito sobre segurança no campo

O Sistema CNA/Senar/ICNA iniciou um levantamento inédito para coletar dados sobre a situação da criminalidade no meio rural. A primeira Pesquisa Nacional de Vitimização Rural é mais uma ação do Observatório da Criminalidade no Campo e está sendo elaborada pelo Instituto CNA e Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), região onde será feito o projeto piloto.

A pesquisa será aplicada pelos técnicos de campo da Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no DF (Senar/DF) durante visitas mensais às propriedades. Para isso, os profissionais participaram de um treinamento nesta quinta-feira (4/10), na Federação de Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape/DF).

“Essa pesquisa será muito importante para podermos conhecer a realidade da criminalidade no campo no Brasil. Temos ausência de informações da real situação do crime no meio rural. Por isso, esse levantamento vai nos ajudar a entender quais são os problemas que os produtores sofrem no dia a dia”, disse o coordenador técnico do Instituto CNA, Carlos Frederico Ribeiro.

O subsecretário de Gestão da Informação da SSP/DF, Marcelo Durante, participou do treinamento dos técnicos de campo e afirmou que a secretaria está trazendo seu conhecimento em aplicação de pesquisas de vitimização para contribuir com a elaboração de uma política de segurança pública para o campo.

“Vamos levar ao estado o conhecimento que ele precisa em termos de diagnóstico para pautar uma política de segurança direcionada ao campo. Então, o estado entra com esse conhecimento, o know-how de fazer essas pesquisas, e o setor privado, no caso o Senar e a CNA, trazem o os recursos necessários para a realização desse diagnóstico”, afirmou Durante.

O levantamento será feito em 225 propriedades rurais atendidas pela assistência técnica do Senar em todo o Distrito Federal. “O Sistema CNA está de parabéns pela iniciativa e o Senar está à disposição para implantar esse projeto piloto, que com certeza deve trazer boas experiências para nossa região”, disse o superintendente do Senar/DF, Everaldo Firmino de Lima.

“A escolha dos técnicos de campo aconteceu pela periodicidade com que estão nas propriedades e o bom relacionamento com os produtores rurais”, afirmou a assessora técnica da Diretoria de Assistência Técnica do Senar, Bárbara Evelyn Magalhães.

“Quando o instituto nos procurou pensando em ter uma rede de pessoas que pudesse fazer a aplicação desses questionários, logo imaginamos que poderíamos usar nossas principais ferramentas que são os técnicos de campo”, disse Magalhães.

“Eles estão mensalmente nas propriedades rurais e têm essa aproximação com o produtor. Então, em se tratando de um tema tão delicado como esse, ninguém melhor do que os técnicos para ajudar a gente nesse tipo de pesquisa”. Para eles, essa iniciativa será fundamental para trazer mais segurança ao produtor rural.

“Se existir um programa que permita uma segurança melhor no campo, principalmente para o pequeno produtor, será extremamente benéfico”, avaliou João Batista, técnico de campo e produtor de café, que já foi assaltado inúmeras vezes. Na última, o prejuízo, segundo ele, foi acima dos R$ 30.000,00.

Para o técnico de campo Guilherme Araújo, apesar de o Distrito Federal ter uma realidade diferente do resto do Brasil, com patrulhamento rural atuante, o efetivo ainda é baixo para atender a extensão territorial da região.

“A principal queixa que temos quando estamos no dia a dia com os produtores rurais é que eles são esquecidos. Então, só pelo fato deles saberem que a questão foi levantada, que começou a existir uma preocupação com a segurança rural, já se sentirão um pouco melhor e terão certa sensação de segurança”, disse Araújo.

A aplicação da pesquisa no DF será feita entre outubro e novembro deste ano. A previsão das entidades envolvidas é iniciar a compilação dos dados em dezembro. Após o piloto, o Sistema CNA pretende levar o levantamento para o resto do País em 2019.

 

Fonte: CNA/Senar

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