Depois de dois meses de queda, os custos de produção da atividade leiteira subiram em agosto. Segundo o Índice Scot Consultoria de Custo de Produção o aumento foi de 3% em relação a julho deste ano. Desde o início do ano, os custos acumulam um incremento de 8,9%.
As altas nos preços dos alimentos concentrados, principalmente o milho e o farelo de soja, puxaram o indicador para cima. Fertilizantes e produtos para sanidade animal também ficaram mais caros. Em relação a igual período do ano passado, os custos da atividade estão 13,7% maiores este ano.
Preços do leite ao produtor subiram, mesmo com a produção aumentando
Os preços do leite ao produtor subiram pelo sétimo mês consecutivo. Segundo levantamento da Scot Consultoria, no pagamento de agosto, referente ao leite entregue em julho, a média nacional ficou em R$ 1,246 por litro, sem o frete. Houve alta de 1,4%, em relação ao pagamento anterior, que tinha registrado um aumento de 5,6%. Desde o começo do ano, a alta acumulada é de 21,3% (média nacional). Na comparação com o mesmo período do ano passado, o produtor está recebendo 10,6% a mais este ano.
Os preços pagos aos produtores subiram mesmo com a produção aumentando no Sul do País e retomando o crescimento em Minas Gerais, São Paulo e Goiás no último mês. Em agosto, os dados parciais apontam para um aumento de 3% na captação (média nacional), frente a julho deste ano.
Esta alta de preços do leite entregue em julho (pago em agosto) pode ser explicada pela menor produção este ano, frente a anos anteriores. Segundo o Índice Scot Consultoria, considerando a média nacional, o volume captado em agosto de 2018 foi 11,3% menor que em igual mês de 2017. Para o pagamento a ser realizado em setembro, referente a produção de agosto, 22% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta do preço do leite ao produtor (maioria localizada no Nordeste), 42% falam em estabilidade e os 36% restante estimam quedas nos preços, frente ao pagamento anterior.
Fonte: Scot Consultoria