Doutor da FGV dá dicas de marketing no agro ‘antes e depois da porteira’, divulga A Lavoura Online

Inserir o marketing no agronegócio significa ampliar a comunicação, estreitar as relações e a interação entre produtores rurais, empresa e consumidor, o que gera maior fidelidade e estabilidade no setor. Foto: Divulgação

Responsável por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) e 46% das exportações, o agronegócio é um dos setores mais importantes da economia brasileira, atualmente. Por esta razão, é importante saber como pensar em estratégias que consolidem ainda mais este segmento no mercado.

“Sendo assim, inserir o marketing nesse meio significa ampliar a comunicação, estreitar as relações e a interação entre produtores, empresa e consumidor, o que gera maior fidelidade e estabilidade no cenário.”

É o que afirma Claudio Shimoyama, professor de Marketing, Comportamento do Consumidor e Pesquisa de Mercado no MBA do Instituto Superior de Administração e Economia do Mercosul da Fundação Getúlio Vargas (Isae/FGV). Ele também é mestre em Engenharia de Informação e Inovações Tecnológicas e doutor em Gestão de Negócios.

“Pensar no trajeto percorrido pelo produto de qualquer negócio, por exemplo, é um hábito cada vez mais frequente quando o assunto é investigar os meios utilizados por cada empresa por parte dos consumidores finais. Por essa razão, o marketing precisa de entregas reais e não se sustenta caso o agro empreendedor não se comprometa a estabelecer exatamente o que for prometido”, ressalta o especialista.

SUGESTÕES

De acordo com Shimoyama, para que a atividade funcione de forma eficaz, algumas medidas devem ser pensadas e aplicadas: “Implantar tais estratégias no agronegócio requer um planejamento que deve passar por uma série de etapas antes de chegar ao marketing destinado ao cliente final”.

A primeira parte é analisar as atividades que atuam “antes da porteira”. “Pensar nos insumos, fertilizantes, máquinas agrícolas e serviços oferecidos ao produtor rural. É importante assegurar que todos fornecimentos tenham suas especificidades regularizadas, para que não haja divergências de informação. Também é necessário ter conhecimento sobre sustentabilidade e todas as questões exigidas pelos consumidores.”

“Dentro das fazendas a preocupação é com a produção agropecuária em si, destinada às indústrias e consumidores que adquirem o produto in natura. O marketing ‘após a porteira’, destinado exclusivamente ao cliente final, é feito pelas empresas que fabricam seus produtos com base no que foi fornecido pelas fazendas. E para que essa imagem seja mantida, todas as outras relações anteriores precisam ser claras”, comenta o professor da FGV.

“O marketing ‘após a porteira’, destinado exclusivamente ao cliente final, é feito pelas empresas que fabricam seus produtos com base no que foi fornecido pelas fazendas. E para que essa imagem seja mantida, todas as outras relações anteriores precisam ser claras”, comenta o professor da FGV

CONSEQUÊNCIAS POSITIVAS 

Prestando atenção a essas características e buscando primar pelo conhecimento completo de toda logística de produção, benefícios como melhor interação com o público-alvo e melhor relacionamento com o cliente podem ser as primeiras consequências positivas dessas mudanças. Esse contato com o público faz com que a empresa seja lembrada e, por sua vez, fideliza o consumidor que verá vantagens reais de optar por um produto da empresa em questão.

RESULTADOS

A atuação do marketing no agronegócio faz com que haja um melhor posicionamento das marcas no mercado, uma vez que as empresas conseguem alcançar estabilidade popular como sinônimo de qualidade e referência em determinados setores.

“O resultado final é um maior desempenho nas vendas, com aumento significativo, já que a visibilidade e o compromisso com o trajeto do produto desde o início do processo, também têm um crescimento diretamente proporcional”, completa Shimoyama.

 

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