Arroz: mercado segue firme e média mensal é a maior desde fevereiro de 2017
Com as recentes altas nos preços do arroz, a média do Indicador Esalq/Senar-RS, 58% de grãos inteiros, desta parcial de agosto, de R$ 43,85/saca de 50 quilos, é a maior, em termos nominais, desde fevereiro de 2017, quando foi de R$ 49,02/saca.
Nos últimos dias, especificamente, apesar das queixas quanto às vendas do arroz beneficiado em agosto, algumas indústrias do Rio Grande do Sul (e de outros estados) estiveram ativas para novas aquisições.
Orizicultores, por sua vez, estiveram resistentes, vendendo no spot apenas diante da necessidade de “fazer caixa” – cenário que tem sustentado as cotações. Entre 14 e 21 de agosto, o indicador registrou alta de 1,41%, fechando a R$ 44,46/saca de 50 kg no dia 21.
Café: expectativa de oferta elevada pressiona valores do arábica
Os preços do café arábica estão em forte queda no mercado brasileiro, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O motivo para a baixa é a expectativa de ampla oferta do grão, devido à safra recorde em 2018/19 no Brasil.
O Indicador Cepea/Esalq do Café Arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 408,01/saca de 60 kg nessa terça-feira (21/8), com recuo de 4,26% entre 14 e 21 de agosto. Quanto ao robusta, os preços também estão em queda, influenciados pelo recuo externo e pela desvalorização do arábica. Este cenário tem mantido grande parte dos vendedores distante do mercado e dificultado os negócios.
No campo, com a colheita do café robusta finalizada e a do arábica na reta final no Brasil, produtores já dirigem suas atenções para a próxima temporada (2019/20). Após as chuvas deste início de agosto, floradas já podem ser observadas em praticamente todas as regiões.
Algodão: ritmo de negócios segue lento e baixas se mantêm
As negociações da pluma estão em ritmo lento no mercado brasileiro, e os preços seguem em queda, segundo pesquisadores do Cepea. De modo geral, o que se verifica é o vendedor flexível nos preços e as indústrias ofertando valores ainda menores.
De 14 a 21 de agosto, o Indicador do Algodão em Pluma Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, caiu 0,68%, fechando a R$ 3,2203/lp nessa terça-feira (21/8). Na parcial de agosto, o indicador acumula baixa de 3,3%. No campo, cotonicultores estão focados nas atividades de campo e no beneficiamento da temporada 2017/18.
Segundo o Imea (Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária), até o dia 17, a colheita da safra 2017/18 em Mato Grosso estava em 52,98% do total, com avanço de 13,79 pontos percentuais frente ao dia 10, mas abaixo do mesmo período da temporada anterior e da média dos últimos cinco anos (de 56,35% e 67%, respectivamente).
Manga: colheita de tommy ganha ritmo na Bahia
À medida que setembro se aproxima, o volume de manga tommy tende a aumentar no mercado brasileiro, conforme indicam pesquisadores do Hortifruti/Cepea. Produtores de Livramento de Nossa Senhora (BA) intensificaram a colheita da variedade na semana passada (de 13 a 17 de agosto).
Mesmo que em volume reduzido (bem menor do que o de palmer), a oferta da tommy já é significativa na região. Ainda assim, o volume nacional continua baixo, o que garante mercado aquecido para a variedade. Em Livramento, a tommy teve média de R$ 1,92/kg, um pouco menor que em Petrolina/Juazeiro (PE/BA), a R$ 1,98/kg.
Fonte: Cepea