As cotações da soja registraram nesta quinta-feira (16/8) um dia de altas no mercado físico brasileiro, com suporte da forte valorização na Bolsa de Chicago (3,17%), junto à elevação de 0,12% na cotação do dólar. Segundo os índices do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o preço exportação subiu 1,68% nos portos e 0,43% no mercado interno.
Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, as cotações da soja chegaram a R$ 91,84/saca (que o mercado físico arredondou para R$ 92,00), elevando a alta mensal para 2,58%. A valorização no interior subiu para R$ 84,33 a saca, incrementando a alta mensal em 1,43%.
“Há uma boa dose de entusiasmo embutido nesta alta, porque nada está definido, porque tudo é apenas uma possibilidade, e porque a reunião China-EUA está sendo realizada por funcionários do segundo escalão, que ainda terão de submeter as conclusões aos seus chefes, que podem aceitar ou não”, disse Pacheco.
Segundo ele, neste vai e vem das expectativas, o melhor a fazer é “aproveitar altas como as de ontem para fixar mais alguns lotes, antes que o entusiasmo se esvaia e o mercado regrida, sem criar outras expectativas sobre estas expectativas (do tipo ‘agora o mercado vai subir mais’) porque poderá subir ou não. É sempre melhor pegar o lucro quando aparece”.
“Fato curioso foi que, mesmo com a forte alta de Chicago, o prêmio da soja brasileira subiu US$ 0,13 em Rio Grande para setembro, embora tenha caído US$ 0,25 em Paranaguá e US$ 0,20 em Santos”, disse o analista.
“Em Paranaguá, o prêmio de outubro caiu US$ 0,05, para fevereiro ficou estável, para março caiu US$ 0,05, para abril/maio caiu US$ 0,05 e para junho/julho ficou inalterado (todos deveriam cair US$ 0,28). Isto mostra que ainda há demanda para o Brasil”, acrescentou.
Fonte: Agrolink