Demanda da China turbina exportação

A guerra comercial travada entre Estados Unidos e China e o consequente aumento da demanda do país asiático por soja tiveram influência decisiva para o forte aumento das exportações brasileiras do grão e seus derivados em julho.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) compilados pelo Ministério da Agricultura, o aumento da receita dos embarques do “complexo soja” em relação ao mesmo mês de 2017 foi de 61,1%, para US$ 5 bilhões.

Com isso, soja e derivados representaram mais da metade (51%) do valor dos embarques do agronegócio no mês passado, que totalizaram US$ 9.7 bilhões, 17,8% mais que em julho de 2017. Só as vendas de soja em grão renderam US$ 4.07 bilhões (aumento de 60,7%).

Em comparação a meses de julho, foram estabelecidos novos recordes de receita e volume, puxados principalmente pela crescente demanda chinesa e pela absorção de parte das vendas dos EUA no mercado chinês. Do aumento de 3.24 milhões de toneladas (de soja em grão) registrado, a China contribuiu com 82,5% desse volume, informou o ministério em nota.

Os embarques de farelo de soja cresceram ainda mais na comparação: 80%, para US$ 724.6 milhões, com destaque para as vendas à União Europeia, cujo fornecimento de farelo argentino caiu em virtude de quebra de safra no país. As exportações de óleo de soja aumentaram 31,7%, para USS 151.26 milhões.

Entre os produtos mais exportados pelo setor, as carnes registraram crescimento de 30% em julho, para US$ 1.7 bilhão, e os produtos florestais avançaram 11%, para US$ 1 bilhão. Já as exportações brasileiras de açúcar e etanol recuaram 43,8%, para US$ 632 milhões, pressionadas por um forte recuo de 48% nas vendas de açúcar.

 

Fonte: Valor Econômico

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