Queda do dólar arrasta soja nos portos

As cotações da soja registraram na última sexta-feira (27/07) um dia de comportamentos mistos no mercado físico brasileiro, com a queda do dólar (0,77%) e alta na Bolsa de Chicago. Segundo os índices do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a cotação da saca para exportação caiu 0,06% nos portos, enquanto o do mercado interno subiu 0,28%.

Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, os preços da soja se recuperaram no início de julho dos R$ 77,00 posto interior em que era cotada no início do mês. Foi a R$ 83,00 quando o dólar atingiu o seu pico e fechou esta semana ao redor de R$ 81,00/saca.

“Caíram, nos seus últimos seis dias no interior e sete últimos, nos portos. Quem seguiu nossas recomendações e vendeu a R$ 80,00 em maio está tendo lucro maior. Como o dólar é o maior propulsor dos preços da soja no Brasil e ele está caindo, as cotações da oleaginosa também estão caindo, apesar das elevações desta sexta-feira no interior”, disse Pacheco.

Os indicadores registraram queda nos portos para R$ 88,07/saca e alta no interior para R$ 81,87. “A diferença principal é que os fatores que influenciam a exportação são Chicago + Prêmio + Dólar, enquanto que os fatores que influenciam o mercado interno são a demanda de farelo para ração ligada ao setor de carnes, que enfrenta problemas e óleo para consumo humano e para biocombustível. O Brasil ainda exporta óleo e farelo, mas em volumes muito menores do que já exportou outrora; o seu grande consumo é interno”, disse.

Agrolink

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