Os preços se firmaram no mercado interno a partir de meados de julho, com as recentes revisões para baixo da produtividade da segunda safra, na medida em que avança a colheita. Diante disso, os vendedores tem se mostrado mais retraídos com relação a oferta, à espera de preços melhores.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos está cotada em R$ 37,50, para a entrega imediata, sem o frete, frente a negócios em até R$ 35,50 por saca no final de junho. Apesar desse cenário de preços mais firmes e de altas pontuais, a cotação está 6,1% abaixo da média de junho deste ano. A própria safra (colheita) e mercado mais lento têm limitado as altas de preços.
Entretanto, em relação a julho do ano passado, o milho está custando 49,1% a mais este ano. Considerando a praça de São Paulo, atualmente é possível comprar 3,76 sacas de milho com o valor de uma arroba de boi gordo. O poder de compra do pecuarista aumentou 8,8% em julho em relação junho deste ano, com as altas no preço da arroba e patamar mais baixo de preço do cereal. Já na comparação com julho de 2017, a relação de troca piorou 24,7% para o pecuarista. É 1,23 saca de milho a menos adquirida com o valor de uma arroba de boi gordo no estado.
Para o curto prazo (agosto), a expectativa é de mercado firme para o grão diante da menor oferta do lado vendedor, porém, com as altas limitadas pela colheita da segunda safra. Pontualmente, as cotações podem cair da mesma forma que ocorreu ao longo de julho. Já no médio e longo prazo (a partir de setembro), a previsão é de que as exportações brasileiras de milho grão ganhem força, o que poderá dar uma puxada nos preços no mercado brasileiro para cima.
Scot Consultoria