As alterações do mix do frango nos últimos dois anos

Comparando o resultado das exportações de carne de frango dos seis primeiros meses de 2018 com aquelas registradas em idêntico período de tempo, mas de dois anos atrás – ou seja, do primeiro semestre de 2016, quando ainda não haviam recaído sobre o setor exportador as oito “flechadas” arroladas pelo Presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo (vide “A locomotiva pode descarrilar”), é possível constatar que as alterações enfrentadas não se resumem ao volume significativamente menor, estendem-se também ao mix de itens exportados.

Dos quatro itens negociados pelo Brasil internacionalmente, três registraram queda de participação no mix. O maior retrocesso, como seria de esperar após o embargo europeu, foi o da carne de frango salgada, cuja participação passou de 4% para pouco mais de 2%, recuo de quase 50%.

Na sequência vêm os industrializados. Sua participação, de quase 4% do total em 2016, retrocedeu para menos de 3% (2,7%) neste ano, perda de, praticamente, 25%.

Por fim vem o frango inteiro que, dois anos atrás, no primeiro semestre, respondeu por quase um terço (31,5%) do total exportado no período e, em 2018, registra participação quase 15% menor, de 27% do total.

Em suma, pois, somente os cortes registraram aumento de participação – de, praticamente, 12%. Ou seja: eles, que em 2016 responderam por 61% do volume total exportado no primeiro semestre, neste ano corresponderam a pouco mais de 68% do total.

Mas isso, infelizmente, não significa que os cortes registraram expansão no volume embarcado: os quatro itens enfrentaram queda em relação a 2016. A menor é a dos cortes: perto de 10% a menos. Já o volume de frangos inteiros recuou mais de 30%, o de industrializados teve queda próxima de 40% e a carne de frango enfrenta, neste ano, redução de volume que ultrapassa os 57%.

 

AviSite

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