As cotações da soja tiveram ontem (26/07) um dia de comportamentos mistos no mercado físico brasileiro, com a alta do dólar (1,20%) e estabilidade na Bolsa de Chicago. Segundo os índices do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o preço de exportação subiu 0,35% nos portos, enquanto o do mercado interno caiu 0,18%.
Segundo destaca o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, em 11 de julho (duas semanas atrás) a cotação da soja em Chicago para agosto estava a US$ 8,55 ¾ o bushel e o prêmio estava a US$ 2,36 o bushel, perfazendo uma soma de US$ 10,91 ¾, o dólar estava a R$ 3,8155 e resultado foi um preço no interior ao redor de R$ 83,07/saca.
“Hoje, 26 de julho, a soma da cotação de Chicago (US$ 8,61 ¼) e do prêmio (US$ 2,35) é de US$ 10,96 ¼, mas o dólar está a R$ 3,7468 e o resultado é um preço de exportação, posto no interior ao redor de R$ 81,84/saca”, aponta o especialista.
Os indicadores do CEPEA registraram elevação nos portos para R$ 88,12 a saca, aumentando a alta mensal para 1,83%, enquanto houve queda nas praças do interior para R$ 81,64 a saca. “Como o dólar subiu nesta quinta-feira, o mercado ficou mais agitado no dia de hoje, com alguns produtores aproveitando um pouco a alta de Chicago e travando alguns volumes. Entretanto, não houve maiores fechamentos, sendo negociado somente o necessário para travar determinados custos, porque os níveis de preços ainda não voltaram aos que estavam há um mês”, disse Pacheco.
“As vendas internas, então, estão muito menores, à medida que o preço cai, o que nem sempre é uma boa coisa, como nos mostrou o ano de 2016. Os lucros cederam um pouco? Cederam. Mas, ainda estão altos. Como sempre dizemos, mais vale observar o percentual de lucro do que o número do preço em si”, disse.
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