Frete mínimo reduzirá investimentos, dizem entidades do setor de grãos

Entidades do setor de oleaginosas divulgaram comunicado contra o tabelamento do frete no País. “Brasil já teve experiências trágicas com controle de preços e da livre competição pelo governo”, afirmam as entidades.

O anúncio é assinado por cinco associações: Abiove, Acebra, ANEC, Aprosoja e a Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Cargas, a ANUT.

A nota ressalta que os insumos ficarão mais caros e essa conta irá para o consumidor. “Além do que, o aumento no preço do transporte inviabilizará plantações em áreas mais distantes dos grandes centros, o que leva os custos para toda a cadeia”, afirmam.

Uma consequência do tabelamento, de acordo com as entidades do setor de grãos, é diminuição de empregos e menores investimentos. “Ninguém quer colocar dinheiro em um país onde a regra do jogo muda a todo momento”, diz o texto.

A tabela de frete mínimo terá efeitos contínuos e devastadores, afirmam a as associações.

“Infelizmente, o Executivo e o Legislativo fracassaram em evitar que o país recaísse nessas mesmas práticas. Cabe agora ao Judiciário evitar esse retrocesso”.

Segundo as associações, um estudo integrado do Instituto Pensar Agro (IPA) diz que o tabelamento do frete por levar a um aumento de 50% no custo médio da produção agrícola. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o aumento previsto de 3,93% no custo dos alimentos no ano será revisto para cima e o aumento na cesta básica pós-greve dos caminhoneiros foi de 5,22%, segundo números do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A Associação Brasileira de Produtos Animais (ABPA) afirma que a produção de aves e suínos deve ficar em média 30% mais cara depois a paralisação dos caminhoneiros.

Valor

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