Frango inteiro: agente principal da queda na exportação

A simples comparação com o que foi registrado em idêntico período do ano passado mostra que, no primeiro semestre de 2018, a queda de 13,42% no volume de carne de frango exportada correspondeu a pouco mais de 279.000 toneladas não embarcadas, quase 50.000 toneladas a menos por mês.

Pois a metade desse volume, perto de 140.000 toneladas, esteve representada, exclusivamente, pelo frango inteiro, cujos embarques no semestre recuaram 22,33%. Em valores relativos, o retrocesso dos cortes de frango (5,45% a menos) foi pouco expressivo. Mas em volume físico correspondeu a segunda maior perda, redução de 70.800 toneladas, cerca de um quarto das 279.000 toneladas não exportadas.

Mas, como era de se esperar, o maior índice de recuo do semestre recaiu sobre a carne salgada, produto foco do embargo imposto pela União Europeia a frigoríficos brasileiros. Em função, sobretudo, desse embargo, o volume exportado no semestre caiu mais de 50%. O que significa que o não embarcado (39.760 toneladas) superou o efetivamente exportado (perto de 37.600 toneladas).

Embora com perdas menores, o comportamento dos industrializados não foi muito diferente. Pois seu volume foi 37,35% menor, correspondendo a apenas 2,69% do total exportado pelo Brasil no semestre.

No tocante ao preço médio, apenas o produto in natura registrou queda no período, o frango inteiro, de 6,72%; os cortes, de 4,66%. Ou seja: industrializados e carne salgada continuaram mantendo evolução positiva de preços.

Mas o que ressalta, nesses aumentos, é que enquanto os industrializados valorizaram-se 7%, a carne salgada experimentou valorização próxima de 25%. Com isso, embora o volume exportado tenha caído à metade, o recuo de receita não chegou aos 40%.

AviSite

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