Milho: Demanda da indústria pode reaquecer mercado

Depois de quase dois meses do início da greve dos caminhoneiros, que causou o desabastecimento de matérias primas no País, entre outros problemas, os estoques das indústrias de ração está chegando ao fim e precisam ser repostos, mesmo que em volumes menores. A avaliação é do analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco.

Por outro lado, segundo Pacheco, a demanda da exportação também está aumentando: “Há dois meses o volume de navios programados nos portos era de apenas 165.000 toneladas, hoje está ao redor de 2.6 milhões de toneladas e tende a subir, porque está começando a janela do milho nos portos”.

“Estes dois fatores estão animando os vendedores, embora o mercado ainda esteja muito parado. Contudo, como já dissemos, há dois fatores contrários: os grandes estoques finais previstos para esta temporada, 8% a mais do que a média dos últimos sete anos e a queda da demanda no interior do país, devido aos problemas com as indústrias de aves e suínos. O vazio de negócios é a melhor resposta, no momento. Todo o resto é expectativa, de lado a lado”, disse.

Fundamentos: 

Ainda segundo Pacheco, a piora das lavouras norte-americanas de milho pode abrir mais volume de exportação para o Brasil: “Em que pesem os problemas da safrinha brasileira, as previsões oficiais e particulares ainda estimam exportações brasileiras de milho ao redor de 30 milhões de toneladas para a temporada 2018/19”.

“Contudo, não é só no Brasil que a produção de milho tem problemas. Nos EUA também. Além disso, a alta do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também deu suporte às cotações. Nos EUA, o biocombustível é feito principalmente com milho e o setor consome cerca de um terço da safra doméstica do cereal. A principal consequência disto é que as cotações do milho na Bolsa de Chicago, que já subiram 3,30% nos últimos 4 dias úteis e poderão subir mais”, disse.

Agrolink

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