Reconhecida lá fora, maçã fuji de São Joaquim busca Identificação Geográfica

Produtores buscam a Identificação Geográfica da maçã fuji, produzida em São Joaquim e em toda a microrregião adjacente, no Estado de Santa Catarina. Foto: Divulgação

O Serra de Sabores, projeto desenvolvido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC), trabalha na Serra Catarinense na identificação geográfica de três produtos típicos da região.: mel de melato de bracantiga, maçã fuji e vinhos de altitude.

No dia 5 de julho passado, dezenas de produtores de mel e profissionais ligados à apicultura participaram de um workshop sobre o mel de melato de bracatinga.

No dia seguinte, foi a vez de São Joaquim e municípios vizinhos, que reuniram produtores de maçã  discutir sobre a importância do trabalho de identificação geográfica da maçã fuji.

A REGIÃO

A região de São Joaquim é internacionalmente reconhecida por esse produto e, atualmente, junto a outros produtos com identidade territorial – como o mel de melato de bracatinga, a goiaba serrana, o queijo serrano, a carne à base de pasto, o frescal e os vinhos de altitude – , busca a IG para agregar maior valor ao produto.

O responsável pelo projeto do Sebrae, Serra de Sabores, Alan Claumann, explica que a entidade trabalha com o conceito francês de desenvolvimento territorial, denominado Cesta de Bens e Serviços Territoriais, onde o importante é elencar, identificar e promover de forma conjunta os principais ícones gastronômicos regionais.

“Nesse cenário, o turismo e a gastronomia são um pano de fundo, atuam como propulsores da economia por meio do aumento do número de visitantes que vem à Serra Catarinense para conhecer um pouco da tipicidade expressada pelos produtos agroalimentares”, disse Claumann, durante o encontro.

IG É FUNDAMENTAL

Secretário de Agricultura de São Joaquim, Volni Francisco Beckhauser Júnior considera o processo de Identificação Geográfica fundamental para o reconhecimento da cadeia produtiva da região.

“Nós sabemos da qualidade dos nossos produtos, mas precisamos que outras pessoas saibam também, e a indicação vai nos auxiliar muito”, comentou o gestor.

Diretor de extensão rural da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Santa Catarina (Epagri), Paulo Roberto Lisboa Arruda destacou que os workshops são importantes para que os agricultores conheçam a importância desse projeto para São Joaquim.

“As informações são fornecidas por pesquisadores que tem notoriedade sobre o assunto e os aproxima do produtor. Ele reconhece que é importante para o desenvolvimento do seu negócio e da região a qual pertence”, ressaltou Arruda.

APOIO

A ação de reconhecimento da IG dos produtos da região serrana está sendo desenvolvida com o apoio de parceiros, além da Epagri: Associação de Municípios da Região Serrana (Amures), Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Fonte: Portal da Ilha com edição d’A Lavoura

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