Soja/CEPEA: Consumo chinês deve recuar, mas outros países podem aumentar compras
A demanda mundial por soja está crescente, segundo afirmam pesquisadores do CEPEA. Embora a China tenha anunciado possível redução nas importações de soja na temporada 2017/18 (o USDA indicou recuos de 7,77% frente ao estimado em junho e de 2,06% na comparação com o volume importado na safra passada), outros países tendem a elevar as importações.
Assim, o Brasil pode continuar na liderança das exportações globais da oleaginosa. A maior demanda, por sua vez, elevou os prêmios de soja, sustentando os preços da soja no mercado brasileiro, segundo dados do CEPEA.
Com a valorização do grão, indústrias brasileiras relatam dificuldades nas aquisições, limitando o volume de esmagamento.
Consequentemente, houve redução na oferta dos derivados, em um cenário de dificuldade na transação de produtos de um estado para o outro, visto que ainda não foi definida a tabela de frete mínimo.
Milho/CEPEA: Preços têm comportamentos distintos em diferentes regiões
O CEPEA tem verificado que os preços passaram a registrar movimentos distintos nas regiões acompanhadas, refletindo oferta e demanda regional. No Paraná e no Centro-Oeste, por exemplo, a colheita segue firme, pressionando os valores do milho. Já na região Sudeste, as atividades de campo ainda estão lentas e, com isso, em São Paulo, importante praça consumidora, os preços têm subido em alguns dias.
Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa avançou 1,33% entre os dias 6 e 13 de julho, fechando a R$ 36,70/saca de 60 kg na sexta-feira, 13. No contexto geral, no entanto, o que se observa é o produtor limitando a disponibilidade do cereal e o comprador retraído, à espera de novas baixas com o avanço da colheita.