Brasil tem 26% de toda área plantada com transgênicos

Dados inéditos divulgados pelo relatório do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia (ISAAA) na terça-feira (26/6) indicam que o Brasil é responsável por 26% do total de todo o território cultivado com transgênicos. Em 2017, o País dispunha de 50.2 milhões de hectares com plantações de produtos geneticamente modificados, 2% a mais do que no ano anterior.

O objetivo da pesquisa é analisar os benefícios sociais, ambientais e econômicos da adoção global da biotecnologia no meio agrícola.

Adriana Brondani, diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), afirma que os resultados positivos do cultivo de plantas geneticamente modificadas são equivalentes ao quanto elas estão inseridas no País. “Produtores brasileiros viram nesta tecnologia uma aliada para controlar insetos, plantas daninhas e, consequentemente, aumentar a produtividade e preservar o meio-ambiente”, destaca.

De toda a área cultivada com transgênicos no Brasil, 33.7 milhões de hectares são plantados com soja, 15.6 milhões de hectares com milho e 940.000 hectares com algodão. O País só perde para os Estados Unidos, que é o que mais aplica biotecnologia na agricultura, sendo que os americanos cultivam 75 milhões de hectares com plantas geneticamente modificadas.

Além de EUA e Brasil, o ranking segue ainda com Argentina, com 23.6 milhões de hectares; Canadá, com 13.1 milhões de hectares e índia, com um total de 11.4 milhões de hectares. Juntos, esses cincos países cultivaram 189.8 milhões de hectares com transgênicos, representando 91,3% de toda a área plantada com esse tipo de cultivo.

Além deles, outros 19 países são os responsáveis por 8,7% do plantio de culturas geneticamente modificadas, o que é equivalente a 16.5 milhões de hectares. O estudo também indica que a expansão global da adoção da biotecnologia oferece a possibilidade de minimizar os impactos ambientais.

Segundo Graham Brookes, economista especialista em agricultura, 27 milhões de toneladas de carbono deixaram de ser emitidas na atmosfera em 2016, o que corresponde, por exemplo, à retirada de 16.7 milhões de carros das ruas por ano.

“Os produtos agrícolas desenvolvidos por biotecnologia, incluindo batatas e maçãs geneticamente modificadas, para apresentarem benefícios ao consumidor, diversificam cada vez mais suas técnicas de elaboração, assim como seus impactos positivos potenciais e reais”, finaliza Brookes.

 

Fonte: Agrolink

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp