Um estudo que analisa a renda agrícola e os impactos do uso dos transgênicos de 1996 a 2016 indicou que o lucro líquido total gerado pelo cultivo de culturas geneticamente modificadas chegou a US$ 186.1 bilhões no período. O levantamento, que foi realizado por Graham Brookes e Peter Barfoot da PG Economics, é baseado na produção da soja, milho, algodão e canola, que são os principais produtos modificados geneticamente.
Segundo o documento, a adoção e comercialização dos produtos geneticamente modificados ocorreram em ritmo muito acelerado desde a década de 90, com importantes mudanças em 2016. O argumento é comprovado pelos dados da análise, que indicam que naquele ano os ganhos com os transgênicos totalizaram US$ 18.2 bilhões, sendo superiores aos registrados anteriormente.
A análise é realizada a cada ano e leva em consideração fatores como o valor do uso dos transgênicos para a agricultura em nível de propriedade, as consequências de sua adoção nos rendimentos, os custos variáveis de produção e a renda agrícola direta. Segundo os pesquisadores, os maiores beneficiados são os agricultores dos países em desenvolvimento, que abocanharam 52% dos ganhos obtidos com o plantio de culturas geneticamente modificadas.
A pesquisa também apontou que 65% dos lucros foram obtidos por meio dos rendimentos e ganhos de produção, enquanto os 35% restantes são provenientes das economias de cultos gerados pelas culturas transgênicas. Além disso, a tecnologia conseguiu gerar um aumento significativo para os níveis globais da produção das quatro principais culturas agrícolas, acrescentando 213 milhões de toneladas de soja e 405 milhões de toneladas de milho à produção global desde 1996.
Fonte: Agrolink
