Enzima vegetal pode aumentar a produção de biocombustível

Cientistas do Departamento de Energia dos Estados Unidos descobriram uma propriedade da enzima vegetal de álamo que realiza mutações para sobreviver, o que pode colaborar no aumento da produção de biocombustível. Durante décadas, os especialistas acreditavam que a função da enzima era apenas a de produzir aminoácidos.

A descoberta pode alterar os estudos funcionais sobre os genes das plantas e favorecer a ampliação do potencial do álamo como recurso renovável. Wellington Muchero e Meng Xie, responsáveis pelo estudo, explicam o funcionamento da enzima e dizem que o processo dentro da planta acontece de forma bastante rápida.

“No começo, achamos que foi um erro, porque a enzima não precisa ligar o DNA para realizar sua função conhecida. Nós repetimos o experimento várias vezes e continuamos vendo evidências nos dados de que o mesmo gene envolvido na produção de aminoácidos também regula a função de genes envolvidos na produção de lignina”, disse Muchero.

De acordo com os cientistas, as plantas de álamo que continham mutações foram capazes de criar baixos níveis de uma substância chamada lignina, tanto em diversos ambientes quanto nas diferentes idades das árvores. Nesse caso específico, a menor presença da lignina torna as plantas mais fáceis de serem quebradas durante o processo industrial para a produção de biocombustível de álamo.

“Esta descoberta permitiu ao novo Centro de Inovação de Bioenergia projetar racionalmente plantas com lignina aumentada ou diminuída”, disse Muchero. “O comportamento único desta enzima contrasta com a sabedoria convencional na comunidade de plantas. Embora não saibamos como essa nova função surgiu no álamo, agora sabemos que essa enzima exibe o mesmo comportamento em outras espécies de plantas”.

 

Fonte: Agrolink

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