As cotações da soja registraram ontem (18/6) um dia de comportamentos mistos no mercado físico brasileiro, influenciadas pelas altas do dólar (0,27%) e de Chicago (0,33%). Segundo os índices do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em média os preços recuaram 0,24% nos portos e subiram 0,19% no interior do País.
De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, os prêmios continuam a subir e a lucratividade caiu levemente nas últimas duas semanas. “Ainda está muito atraente, com o retorno financeiro para a soja no Brasil, e isto deve ser levado em consideração”.
Segundo Pacheco, para aqueles que eventualmente ainda não venderam nada (ou pelo menos o suficiente para cobrir seus custos), a sugestão é olhar para a lucratividade. “Os lucros ainda estão altos e podem ser aproveitados, antes que eventualmente despenquem mais. Sim, porque o horizonte está mais para estabilidade ou baixa do que para alta”, disse o analista.
Estabilidade, explica ele, é no sentido de que as cotações de Chicago ainda podem cair mais, com a recusa da China de comprar soja americana. “Pelo menos não nas proporções que o fazia todos os anos, e com o aumento de produção de soja nos EUA”, afirmou Pacheco.
“Para onde você acha que o mercado vai com o aumento de produção e redução da demanda? É certo que as quedas de Chicago são parcialmente compensadas com os aumentos dos prêmios no Brasil, mas o que estamos vendo é uma compensação insuficiente e, com isto, o que podemos prever é a manutenção dos preços atuais e não alta acentuada, nem sequer aos níveis em que já esteve”.
Fonte: Agrolink
