A cultura do milheto ainda é desconhecida por boa parte da população brasileira, inclusive no meio rural. É o que publicou a Revista A Lavoura na edição nº 704 no ano de 2014, portanto, alguns dados se referem àquele ano.
Os números extraoficiais dão conta de que ela é plantada em mais de quatro milhões de hectares no País (dados de 2014), com destaque para a Região Centro-Oeste. Mas, seja por falta de melhor e mais direcionada divulgação ou por uma fiscalização ainda falha quanto à procedência das sementes, essa cultura não mostrou todo seu potencial no campo.
Considerado o sexto cereal mais importante do mundo, fica atrás somente do trigo, arroz, milho, cevada e sorgo. Algumas aplicações do milheto têm sido opções para cobertura de solos, em áreas de plantio direto, e como fonte de grãos e forragem em regiões que sofrem com falta de água.
Entre as características agronômicas de destaque, estão a alta resistência à seca, adaptação a solos de baixa fertilidade, crescimento rápido e boa produção de massa.
CULTIVARES
Com relação ao desenvolvimento de cultivares de milheto, a Embrapa, por exemplo, possui a variedade BRS 1501, lançada em 1998. Há outras três cultivares (dois híbridos e uma variedade) em adiantado estágio de desenvolvimento.
Segundo a pesquisadora Déa Netto, da área de Recursos Genéticos da Embrapa Milho e Sorgo, “faltam cultivares para fins determinados e, hoje, se o produtor quiser o milheto para grão, deixa um tempo maior do que para silagem; se for para plantio direto, deixa mais tempo e faz a dessecação”.
Ela ainda indica que a mesma cultivar serve a diferentes propósitos:
- Alta resistência à seca;
- Crescimento rápido;
- Adaptação a solos de baixa fertilidade;
- Boa produção de massa.
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Fonte: Revista A Lavoura – Edição nº 704/2014