Dólar bate R$ 3,90 e registra a maior cotação desde março de 2016

O dólar disparou na manhã desta quinta-feira (7/6) e a cotação superou a marca de R$ 3,90. O real já retoma o posto de pior desempenho diário entre as principais moedas globais, com alguma distância para o segundo mais negativo, o rand sul africano. As taxas futuras, negociadas na BM&F, não escapam da pressão e também avançam ante o ajuste passado.

Às 10h, o dólar estava em alta de 1,753, cotado a R$ 3,9030 para compra e a R$ 3,9047 para venda. Na máxima, por ora, chegou a R$ 3,9073. Essa é o maior cotação desde 2 de março de 2016, quando foi negociado a R$ 3,9410.

As atenções se voltam para a intervenção do Banco Central (BC). Por ora, está programado apenas as ofertas de 15.000 contratos “novos” de swap cambial e também de 8.800 contratos em operação de rolagem do vencimento de julho.

No mercado futuro de taxa de juros, os vencimentos mais curtos continuam subindo, perto das máximas. O DI janeiro/2019 estava cotado a 7,305% (6,975% no ajuste anterior) enquanto o DI janeiro/2020 marcava 8,470% (8,060% no ajuste anterior). Entre os pontos de atenção no mercado, o IGP-DI de maio acelerou a alta para 1,64%, em relação ao avanço de 0,93% um mês antes.

Entre os vencimentos mais afetados pela turbulência dos últimos dias, o DI janeiro/2027 subia para 12,730%, contra 12,500% no ajuste anterior, mais perto da mínima de 12,570%, do que da máxima de 12,810%. Já o DI janeiro/2025 estava a 12,180% (11,970% no ajuste anterior) contra o pico desta manhã, de 12,290%.

O Tesouro Nacional decidiu reforçar sua intervenção na renda fixa. A instituição realiza hoje e amanhã leilões de compra e venda de títulos públicos prefixados (NTN-F). Já o BC atuará nesta quinta-feira com operações compromissadas com prazo de nove meses, no qual serão envolvidos LTN, NTN-B e NTN-F.

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