Greve dos caminhoneiros atrasa soja nos portos

As cotações da soja tiveram na sexta-feira (25/5) um dia de alta no mercado físico brasileiro, resultado do dólar e de Chicago que subiram (ambos) 0,55%. Segundo os índices do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços subiram, em média, 0,17% nos portos e 0,02% no interior do país.

Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, trata-se de “caprichos do mercado, porque os prêmios da soja brasileira caíram quase US$ 0,20 nesta sexta-feira, diante das dificuldades de transporte de cargas para os portos”.

Na opinião de Pacheco, esta demora no abastecimento atrasa o carregamento dos navios nos portos (em que cada um paga, no mínimo, entre US$ 15.000 a US$ 45.000/dia de “demurrage”), e isso precisa ser compensado nos preços, por meio dos prêmios.

“O aumento da demora dos navios faz cair o interesse no porto e, com isto, o prêmio (que é o algo mais pago em cada porto sobre a cotação de Chicago, de acordo com a demanda neste porto). É o que está acontecendo nesta semana nos portos brasileiros”, afirmou o analista.

“Quem não se lembra dos prêmios a US$ 1,65/US$ 1,75? Pois esta sexta-feira chegaram a US$ 0,64 para julho, US$ 0,82 para agosto e US$ 1,00 para setembro (note-se as diferenças para o período com e sem greve)”.

No entanto, acrescentou Pacheco, “voltamos a insistir que os preços no interior continuam ótimos, ao redor de R$ 80,00/saca, tanto para esta como para a próxima safra, apresentando lucratividade para os agricultores próxima de 50% no Paraná, Santa Catarina e São Paulo; próxima de 40% nos estados do Rio Grande do Sul e Minas; de 30% nos estados do Maranhão e Mato Grosso do Sul, e entre 10% e 20% nos demais estados”.

 

Fonte: Agrolink

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