Uma pesquisa realizada por um grupo de cientistas da Universidade da Flórida desenvolveu limões roxos que são capazes de prevenir a diabetes e a obesidade. Para isso, foram utilizados genes isolados da casca da uva vermelha e do gomo da laranja sanguínea, conhecida em alguns lugares do país como laranja-de-sangue ou laranja vermelha.
A biotecnologia já permitiu a criação do arroz com vitamina A e da soja isenta de gorduras trans ou enriquecida com ômega 3. Agora, os resultados das pesquisas envolvendo o limão indicam que é possível prevenir estas doenças.
Andean Andrea Uscátegui, diretor executivo da Agro-Bio, afirmou que o experimento é de extrema importância porque pode melhorar a qualidade da alimentação. “Estes trabalhos desenvolvidos em culturas biotecnológicas permitem aos consumidores o acesso a produtos com mais e melhor conteúdo nutricional, por meio da modificação genética”, disse.
O resultado obtido se deve à combinação de características já presentes no limão mescladas com os genes que foram inseridos pelos pesquisadores. Uscátegui lembra que, além da coloração, também foram modificadas as propriedades da fruta que são responsáveis por desenvolver antocianinas.
“São substâncias que não só dão à polpa de limão o pigmento vermelho, mas são reconhecidas pelas propriedades benéficas para a saúde e ajudam a prevenir a obesidade e o diabetes”.
A pesquisa tem por objetivo melhorar a saúde dos consumidores e gerar um aumento nos ganhos dos produtores de limões norte-americanos.
Na temporada 2015/2016, por exemplo, o estado da Flórida teve a menor produção do cítrico nos últimos 50 anos. O limão roxo, aliado à laranja-de-sangue, é mais adepto ao clima e mais resistente às pragas da região.
Fonte: Agrolink
