A 32ª Expoflora, evento tradicional realizado no município de Holambra, no interior de São Paulo, prossegue até dia 29 de setembro com lançamentos e novidades para o mercado de flores e plantas ornamentais, que cresce na faixa de 12% ao ano. O Brasil, em parceria com a Holanda, tem desenvolvido novas variedades, aliadas à maior durabilidade e qualidade das flores e plantas ornamentais. “Essas novidades geralmente são apresentadas ao mercado consumidor durante a mostra de Holambra, antiga colônia holandesa que conta com duas importantes cooperativas – o Veiling e a Cooperflora – que comercializam cerca de 40% das flores e plantas ornamentais destinadas ao mercado interno”, afirma Paulo Fernandes, membro da comissão organizadora da Expoflora.
Segundo estatísticas do setor, o segmento de flores tem crescido 8% a 12% ao ano no volume de vendas, e 15% a 17% no valor movimentado. No entanto, o Brasil ainda tem muito a ser explorado. Para se ter uma ideia, enquanto o consumo per capita anual de flores na Europa é de R$ 141 (US$ 70), no País é somente R$ 23 (US$ 12) por ano. “Temos muito campo para crescer e até mesmo chegar à média europeia”, afirma Kees Schoenmaker, presidente do Ibraflor.
A expectativa é que as vendas do setor movimentem cerca de R$ 5,2 bilhões em 2013, um aumento de 12% ao ano, de acordo com números compartilhados pelo Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura, Câmara Setorial Federal de Plantas e Flores e Cooperativa Veiling Holambra. Esses órgãos atrelam o resultado positivo à estabilidade econômica e, principalmente, à qualidade e à diversidade dos produtos disponíveis no mercado.
De acordo com o Ibraflor, o Brasil conta com 7,6 mil produtores de flores e plantas, responsáveis pelo cultivo de mais de 350 espécies com cerca de três mil variedades. O setor responde por 194 mil empregos diretos, dos quais, 96 mil (49,5%) na produção; 77 mil (39,7%) no varejo; 6 mil (3,1%) na distribuição; e 15 mil (7,7) em outras funções, principalmente de apoio.
A Cooperativa Veiling de Holambra, quinta maior comercializadora do mundo, é responsável pela negociação de 45% das flores e plantas ornamentais produzidas no país. O Veiling é um leilão invertido, no qual qual vence o menor preço, onde são comercializadas flores e plantas ornamentais de 400 produtores da microrregião de Holambra e de outras regiões. As flores de corte mais comercializadas são rosa, lírio, crisântemo e alstroeméria, seguidas pelas folhagens, além de flores de vaso, das quais as mais vendidas são orquídea phalaenopsis, kalanchoe, crisântemo, lírio e begônia.
Para atender à crescente demanda desse mercado, a Câmara Setorial Federal de Flores e Plantas Ornamentais realiza cursos à distância para a capacitação de mão de obra, por meio da Comissão Nacional de Agricultura. “A baixa, ou nenhuma sazonalidade, garante que os empregos sejam duradouros. Além disso, o setor possui um dos maiores índices de contratos com carteiras assinadas”, afirma Silvia Van Rooyen, presidente da Câmara.
Por equipe SNA/SP