Lácteos/Rabobank: consumo no Brasil segue fraco e produtor enfrenta queda de preço

O consumo de lácteos no Brasil segue enfraquecido, com importação em queda e baixos preços pagos aos produtores. A afirmação é do Rabobank em relatório trimestral sobre o setor.

O banco informa que a produção de lácteos no país começou a se desacelerar no primeiro trimestre deste ano, após um crescimento de 2% nos últimos meses de 2017.

A alta do preço dos grãos e a queda do valor pago ao produtor restringiram as margens dos pecuaristas e, mesmo que o pagamento pelo litro de leite possa avançar nos próximos meses, ainda deve permanecer abaixo da média histórica. “Neste cenário, a produção pode crescer menos, cerca de 1% no primeiro trimestre do ano”, diz o Rabobank.

A demanda doméstica também está limitada. Apesar da melhora do cenário econômico do país, o desemprego ainda é alto, o que compromete o poder de compra da população. A importação também está menor e recuou 43% nos dois primeiros meses do ano, comparado com igual período de 2017.

No resto do mundo, o Rabobank afirma que a forte demanda chinesa, com um programa robusto de importação, e a oferta da Nova Zelândia comprometida por condições climáticas desfavoráveis, sustentaram os preços dos lácteos no primeiro trimestre de 2018.

O banco pondera que os riscos climáticos na Nova Zelândia, o principal produtor de lácteos do mundo, diminuíram agora. Paralelamente, o pico da safra no Hemisfério Norte, que acontece durante o segundo trimestre do ano, deve pressionar as cotações.

 

Fonte: Broadcast Agro/Agência Estado

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