Retaliações da China cortam importações de etanol

Compradores chineses de etanol americano terão de cortar importações em função das altas tarifas, mas eventualmente terão de importar de outros países como o Brasil. O objetivo da China é atingir as metas de governo para o uso do biocombustível. A informação é de analistas e fontes da indústria.

No domingo, a China confirmou que colocará uma tarifa extra de 15% nas importações de etanol dos Estados Unidos como parte de uma reação às sobretaxas americanas em aço e alumínio. A tarifa anterior era de 30%.

Segundo três fontes no mercado, as tarifas, que se efetivaram ontem, irão neutralizar a economia de custos de importar o etanol mais barato dos Estados Unidos contra o fornecimento doméstico.

O etanol, um álcool tipicamente produzido de milho ou açúcar, é frequentemente misturado com gasolina para reduzir a poluição do ar provocada por emissões veiculares.

“A diferença de preço terminou. Nós suspenderemos as importações neste ano”, disse um gerente de uma refinaria privada, acrescentando que estava considerando comprar de fornecedores domésticos de etanol para misturar com gasolina.

É uma boa notícia para produtores domésticos que já estão aumentando a produção com milho mais barato e subsídios do governo. “Nós temos tanto milho e estaremos bem se não importamos etanol”, disse um gerente de uma produtora importante de etanol da China.

No entanto, analistas afirmaram que a China precisará reiniciar importações para chegar à meta do governo de 10% de conteúdo de etanol em toda a gasolina do país em 2020.

“A demanda por etanol vai potencialmente explodir em 2019 e 2020 e não teremos fornecimento doméstico desde então. Teremos de importar”, disse Michael Mao, analista da Zhuocuang, uma consultoria de commodities na província de Shandong.

 

Fonte: Agrolink

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