No penúltimo dia de negócios da quarta semana de março, sexta-feira (23/3), o frango vivo negociado no interior paulista, sem encontrar a mínima sustentação na comercialização, rompeu a estabilidade de preço ficcional mantida nas últimas quatro semanas.
Ficcional, esclareça-se, porque essa estabilidade não condizia com o comportamento do frango abatido que, em março corrente, atingiu o menor pico de preços dos últimos três meses (isto levando em conta só 2018) e, na última semana, chegou a registrar valor menos de 15% superior ao da ave viva (base: frango abatido resfriado comercializado no grande atacado da cidade de São Paulo).
Em outras palavras, a baixa era inevitável. Mas, verdade seja dita, continua sendo uma peça de ficção. Pois a ela só tem acesso aqueles produtores que iniciaram seus lotes com a entrega já programada. Ou seja: o produtor independente permanece sujeito a preços bem menores.
Como estamos, a um só tempo, chegando ao final de mês e entrando na última semana da Quaresma, os desafios apenas crescem. Assim, é difícil contar com a estabilidade da atual cotação no decorrer da semana: novas baixas podem ocorrer.
Por ora, o frango vivo alcança preço médio mensal pouco superior a R$ 2,39/kg, o que significa que está 11% mais barato que em março de 2017. Mas esse valor deve decrescer no decorrer da semana, o que não impede que, nominalmente, já corresponda à menor média para março dos últimos seis anos.
Fonte: AviSite