Os contratos futuros da soja iniciaram a semana em forte queda na Bolsa de Chicago. Por volta das 9h, os principais vencimentos perdiam entre 12,75 e 13,25 centavos, com o maio/18 cotado a US$ 10,36 ¼ e o julho/18 a US$ 10,47 o bushel.
As commodities agrícolas registram queda generalizada, com os demais grãos negociados na CBOT, assim como a soja, caindo mais de 1%, enquanto na Bolsa de Nova York as soft commodities registravam perdas mais tímidas, diante de um movimento conjunto de vendas de posições por parte dos fundos, segundo analistas internacionais.
Além disso, para a soja há ainda uma pressão vinda de chuvas que, enfim, chegaram à Argentina. Segundo informações apuradas pela Labhoro Corretora, no sábado e no domingo boas precipitações caíram sobre Buenos Aires, Entre Rios, sul de Santa Fé, e sul de Córdoba, trazendo algum alívio para as lavouras de ciclos mais tardios.
E nas previsões atualizadas, maiores volumes são esperados para os próximos dias. Em paralelo, ainda segundo especialistas internacionais, o mercado também se atenta, na medida em que a colheita evolui, à grande safra que vem sendo esperada para chegar do Brasil.
“A expectativa é de que o mercado se volte para a grande produção brasileira e, na sequência, para o plantio que pode ser recorde nos Estados Unidos”, diz o boletim diário da Benson Quinn Commodities.
No radar do mercado, também segue a insegurança dos efeitos reais da guerra comercial entre China e Estados Unidos e também dos efeitos para o mercado da soja.
Mercado nacional
A saca da soja disponível negociada no porto de Paranaguá fechou a semana em alta de 0,76%, cotada a R$ 80,00 – a mesma cotação da saca para entrega em maio/18, mas que caiu 0,62%. Em Rio Grande, a saca no mercado disponível foi cotada a R$ 78,70, em baixa de 0,25% e a para entrega futura a R$ 79,30, caindo 0,50%.
Milho: influenciado pelo trigo, mercado inicia pregão em queda na CBOT
Os contratos futuros do milho iniciaram a semana também em queda na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 9h, os principais vencimentos registravam perdas entre 3,75 e 4,25 centavos. O maio/18 estava cotado a US$ 3,78 ½ e o julho/18 a US$ 3,86 ¾ o bushel.
Segundo informações das agências internacionais, o mercado recua influenciado mais uma vez pelas desvalorizações mais significativas registradas nos contratos do trigo. As posições da commodity recuam mais de sete centavos nesta segunda-feira, pressionados pelos amplos estoques globais e pela perspectiva de melhora no clima nos EUA.
“O declínio do milho ocorreu apesar da forte demanda pelo cereal americano. Os importadores estão comprando milho dos EUA no ritmo mais rápido desde meados da década de 1990”, indicou a Reuters.
Com a seca na Argentina, que já ocasionou perdas consolidadas na safra, e do fornecimento limitado de milho no Brasil, dois dos três exportadores, abriu uma janela de oportunidade ao EUA. Ainda hoje, o USDA divulga o seu boletim de embarques semanais.
Fonte: Notícias Agrícolas