A INTL FCStone elevou a sua estimativa para a área plantada da safra 2017/18 de algodão brasileiro, passando de 1.129 (estimado em outubro de 2017) para 1.183 milhão de hectares, equivalente a uma variação de 26% em relação ao ciclo 2016/17.
“A revisão decorreu da perspectiva positiva dos produtores nacionais para o ano-safra, em virtude da conjuntura atual dos preços internacionais e das condições de solo e clima favoráveis durante a semeadura do algodão”, indicou a consultoria INTL FCStone em relatório nesta terça-feira (13/3).
Dentre os ajustes, o destaque foi o aumento de 62.000 hectares na intenção de plantio no Mato Grosso, principal produtor, que deve apresentar um avanço de 25% em relação à temporada 2016/17.
“A entrada de novos cotonicultores no mercado, em virtude da maior rentabilidade da cultura perante o milho safrinha, aliada à ampliação da área cultivada por produtores antigos, foram os principais fatores para a expansão”, indicou o grupo.
Segunda maior produtora nacional, a Bahia deve apresentar um avanço de 66.400 hectares em 2017/18. O aumento de 33% da área plantada decorre da produtividade recorde registrada no último ano-safra e do fim da isenção do ICMS sobre a produção de algodão no Tocantins.
A medida atraiu os cotonicultores tocantinenses para o oeste baiano devido aos incentivos fiscais. O mesmo implicou em uma redução da área estimada para o Tocantins, que deve apresentar queda de 42% das regiões cultivadas com algodão.
Dentre os estados com perdas de área decorrente dos atrasos na colheita da soja, Goiás se destaca pela redução de 12% em relação à estimativa da INTL FCStone de outubro, passando para 31.300 hectares. No entanto, a área plantada goiana ainda deve superar os 30.300 hectares do Mato Grosso do Sul, que sofreu redução de 8% na estimativa atual.
Fonte: INTL FCStone