Empresas chinesas irão investir cerca de R$ 5 bilhões no setor de energia renovável nos próximos cinco anos em Mato Grosso. De acordo com assessoria do governo do estado, o dinheiro será aplicado nas áreas de biocombustível e usinas fotovoltaicas, sendo que dois projetos estão em andamento e um deles está em fase de elaboração.
A expectativa do governo de Mato Grosso é que mais de dois mil empregos diretos e indiretos sejam gerados por estes empreendimentos.
A empresa Sepco1 Construções do Brasil Ltda., consorciada da empresa estatal Powerchina, se reuniu na quinta-feira (8/3) com o governador Pedro Taques e apresentou o projeto de construção de usinas fotovoltaicas no estado.
Atualmente, a empresa, que tem unidade administrativa em Vera (460 km ao norte de Cuiabá), é responsável pela construção da linha de transmissão entre Cláudia e Paranatinga e executa outras obras similares no Brasil.
O diretor executivo adjunto da Sepco1, Shi Shixiao, explicou que a China está em processo de abertura para o capitalismo e existe um posicionamento governamental para investimento em empreendimentos fora do país. O objetivo desta ação é exportar capital para evitar acúmulo, e assim controlar a inflação.
Por meio do incentivo governamental Belt and Road (uma espécie de cinturão viário ou rota), a Sepco 1 pretende investir mais de R$ 1 bilhão em Mato Grosso para a construção da usina fotovoltaica. Dentro desta linha estratégica, em andamento em países da África, os chineses querem desenvolver novas rotas comerciais e promoção econômica.
Segundo o coordenador administrativo da Sepco1, Bernardo Nien, técnicos estão fazendo a captação de informações sobre demanda energética em Mato Grosso para definir o local de instalação e o sistema de comercialização do produto. Ele acrescenta que o objetivo principal é o desenvolvimento de energia solar e eólica.
“Primeiro vamos atuar com a solar porque tem menos impacto ao meio ambiente, maior facilidade para instalação e ainda tem a captação favorecida pelo relevo de Mato Grosso. Porém, estudamos a possibilidade de expandir para a segunda forma de captação”.
A Sepco1 foi uma das 11 empresas que procuraram o governo, após a promoção do Mato Grosso Investment Forum, na China, em novembro do ano passado. O evento teve o objetivo de apresentar o estado para investidores asiáticos.
Além de atuar com produção de energia solar, eólica e nuclear, a empresa aplica nos setores de construção, logística, investimentos, linhas de crédito e infraestrutura.
Fonte: Agro Olhar