A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) oficializou nesta quarta-feira (31/1), a redução de 15 para seis áreas administrativas na sede da companhia em Brasília (DF). A reestruturação, antecipada este mês pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), inclui a eliminação de funções gratificadas, sem cortes de empregados e alteração da estrutura e processos, segundo a estatal.
De acordo com comunicado da Embrapa, a medida faz parte “da maior mudança administrativa da história da empresa, que, no final de 2017 já havia reduzido a quantidade de 46 para 42, de unidades de pesquisa e inovação”. A reestruturação, segundo a estatal, ocorre diante da “necessidade de ajustar a empresa às mudanças tecnológicas e sociais e aumentar a eficiência”, disse o presidente da Embrapa, Maurício Antonio Lopes.
Além de uma crise interna, com divergências entre pesquisadores e a diretoria, a Embrapa enfrenta uma crise financeira, com o alto comprometimento do orçamento com a folha de pagamento, superior a 80%.
Com a redução prevista em mais de 20% no repasse de receitas, a estatal estuda um Programa de Desligamento Incentivado (PDI) para cortar a folha de pagamento. A ideia é substituir funcionários com maiores salários, aposentados ou próximos à aposentadoria, por novos quadros com salários menores.
Outra ação prevista é a criação da Embrapa Tecnologias Sociedade Anônima (EmbrapaTec), cujo projeto está na Câmara dos Deputados desde 2015 e só começou a tramitar no fim do ano passado. A EmbrapaTec é vista como um braço privado da Embrapa capaz de facilitar a captação de recursos financeiros. A estatal tem 9.579 empregados, sendo 2.438 pesquisadores.
Fonte: Estadão Conteúdo