Mercado de orgânicos cresce, mas enfrenta desafios

O ano de 2018 será positivo e desafiador para o mercado de orgânicos. A previsão é de que este ano, o Brasil tenha crescimento em torno de 20% de novos produtos, e caso a cadeia animal se desenvolva, poderá chegar a 30%, segundo o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis).

Em 2017, o setor registrou crescimento e fechou o ano perto de US$ 150 milhões em exportações no grupo de 50 associados do Organis.

O impulso no faturamento é decorrente da forte demanda por produtos saudáveis e sustentáveis, maior percepção de produtos lançados com maior valor agregado e de novos empreendedores, que aumenta a cada dia.

As empresas associadas ao Organis obtiveram faturamento de cerca de R$ 2.5 bilhões, sendo que grande parte tem ainda em sua linha produtos convencionais. No entanto, a cada ano, a fatia de produtos orgânicos vem crescendo a taxas mais altas do que as linhas tradicionais.

Um ponto positivo para os negócios é que os fundos de investimento têm se aproximado do setor. Porém, algumas exigências acabam dificultando o crescimento.

Os fundos de investimento, por exemplo, sempre procuram empresas que estejam na faixa de faturamento mínimo de R$ 20 milhões ao ano. Isso limita bastante o número de empresas que podem ser compradas ou investidas. A maioria delas é muito pequena ou estão ainda em estágio incubatório. Além disso, há muita informalidade e falta de escala.

Por outro lado, a entrada das multinacionais no mercado de orgânicos no Brasil é positiva e segue a mesma tendência dos mercados mais maduros. Porém, os alvos de fusões são bem menores e incluem em grande parte micro e pequenos empreendedores.

Desafios

Dentre os maiores desafios do setor estão a falta de união entre as cadeias primárias e secundárias e de serviços; a falta de estatísticas primárias de produção e de conhecimento de quem atua nas atividades produtivas, de comercialização e processamento (em tamanho e segmento), além da necessidade de criação de políticas públicas e estratégias de desenvolvimento da cadeia.

No Brasil, além dos orgânicos, os segmentos de produtos naturais e de nutracênicos têm crescido muito. O setor de orgânico não é o único segmento em ascensão. Atualmente conceitos como produtos naturais, sustentáveis, funcionais, e os produtos livres de glúten, lactose, transgênicos são “bandeiras” que qualquer empresa no segmento de alimentação busca estar presente, porque é o que o consumidor procura.

 

Fonte: Mundo do Marketing

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