A Bolsa de Comércio de Rosario (BCR) divulgou a sua estimativa mensal de produção de grãos para a Argentina, na qual reduziu em 4.1 milhões de toneladas sua projeção para as safras de soja e milho para 2017/18, em função do problema da seca que afeta várias áreas do país.
Há um mês, a estimativa do Guia Estratégico para o Agronegócio (GEA) divulgado pela Bolsa foi de 96 milhões de toneladas para ambos os cultivos. Agora, este número foi reduzido para 91.9 milhões de toneladas, ou seja, uma queda de 4,2%.
Na safra 2016/17, foram colhidas 95.3 milhões de toneladas de grãos, segundo a BCR, o que implica em uma produção 3,5% menor neste ano.
Milho
A BCR estima que serão plantados 200.000 hectares a mais de milho do que os originalmente estimados, resultando em uma área de 6.43 milhões de hectares em todo país.
Contudo, o cálculo da produção total descarta 1 milhão de hectares que seriam destinados para uso em forragens e outros destinos, resultando em um total de 39.9 milhões de hectares nesta safra. Em dezembro, O GEA estimou uma área de 41.5 milhões de hectares.
O principal motivo seria a redução dos rendimentos, que devem ser de 7.350 kg por hectare neste ano contra 8.000kg por hectare em 2016/17.
Soja
Por conta da falta de água, a BCR estima que 300.000 hectares de soja deixarão de ser plantados, dos 18.1 milhões de hectares originalmente previstos. A este total, também se deve somar outros 1.5 milhões de hectares que estão ameaçados de ter plantados a tempo em função das condições climáticas.
Assim, a BCR estima a safra argentina de soja em 52 milhões de toneladas, 4,6% a menos do que em dezembro, cuja previsão era de 54.5 milhões de toneladas e 9,2% a menos que em 2016/17, de 57.3 milhões de toneladas.
Trigo
A BCR elevou em 200.000 toneladas, para 17.5 milhões de toneladas a sua estimativa para a colheita de trigo em 2017/18.
Fonte: Agrovoz