As cotações da soja registraram na quarta-feira (20/12) mais um dia de baixas generalizadas dos preços no mercado físico do interior brasileiro, acompanhando a tendência da Bolsa de Chicago (CBOT). Segundo a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços caíram 1,59% no interior e 0,23% nos portos – os níveis mais baixos dos últimos 23 dias.
A T&F afirma que um dos fatores responsáveis pela pressão dos preços nos portos e no interior foi a queda do dólar norte-americano, que em quatro pregões, acumulou uma baixa de 1,26%. Some-se a isso a queda da Bolsa de Chicago, que perdeu mais dois centavos por bushel nesta quarta-feira (dez quedas consecutivas em 11 sessões), despencando de US$ 10,14 ½ para US$ 9,52 o bushel neste período.
Fundamentos
“Nas atualizações climáticas de hoje, os totais pluviométricos previstos para a América do Sul sofrem uma leve reduzida, para o período dos próximos dez dias. No entanto, estes próximos cinco dias, chuvas pesadas são previstas para o Sul do Brasil e o Centro-Norte da Argentina. Índices de até 120 mm poderão ser observados sobre tais regiões”, afirma a consultoria AgResource.
“No Centro-Oeste brasileiro, as precipitações se retraem a partir da noite do dia 21, dando espaço para dias de céu aberto. O cenário é favorável, especialmente pela volta das chuvas regulares na última semana de dezembro”.
A agência de meteorologia australiana trouxe seu modelo de monitoramento do NINO34 atualizado nesta semana. “A presença do fenômeno La Niña é reafirmada para janeiro, e agora se estende até junho de 2018. Além do mais, a intensidade de atuação do La Niña deverá ser agravada no próximo mês com um potencial de influência no padrão climático da América do Sul ainda maior”, conclui a ARC.
Fonte: Agrolink