Nas primeiras 22 quinzenas de 2017, em apenas uma ocasião (segunda quinzena de junho) o frango abatido obteve preço superior ao da primeira metade do mês. Mesmo assim, por diferença muito pequena, menos de 2%.
As quedas na segunda quinzena, infelizmente, correspondem à lógica do setor. Pois os preços do frango abatido só encontram sustentabilidade na primeira quinzena, período em que os salários chegam ao mercado. E como isso tende a se repetir nesta derradeira quinzena de 2017, corre-se o risco de ver o produto encerrar o exercício com um dos piores resultados do exercício. A menos que a demanda de última hora salve a situação.
Aponta na direção de resultados sofríveis o fraco desempenho observado na primeira quinzena de dezembro corrente. Pois, a despeito de toda a expectativa criada em relação à demanda do período pré-festas, o frango abatido não conseguiu atingir os picos de preço registrados nos três meses anteriores.
Em consequência, o preço médio do período retrocedeu a um dos menores valores quinzenais do corrente semestre, além de ficar aquém dos valores alcançados na primeira quinzena do quadrimestre inicial do ano. Não só isso, pois o valor registrado na primeira metade de dezembro foi o mesmo registrado na segunda quinzena de janeiro e de junho.
Sabe-se que parte desse fraco desempenho decorre da concorrência proveniente dos “frangões natalinos”. Portanto, menos mal, pois isso dilui dentro do próprio setor produtivo as possíveis perdas enfrentadas com o produto in natura.
De toda forma, é preciso ficar claro para quem opera exclusivamente com o frango in natura que, para este produto, as festas (e não só as de final de ano) perderam toda a potencialidade anterior. Mas isso não é prejudicial para a avicultura de corte pois, como observou recentemente o AviSite, o frango tornou-se o alimento nosso de cada dia.
Fonte: AviSite