Citros: com alta oferta e maior disponibilidade de frutas de caroço, preço da laranja recua
A demanda por laranja esteve aquecida no início desta semana, mas os preços já começam a ser impactados pela maior oferta de frutas de caroço (comuns no período de fim de ano). Além disso, segundo colaboradores do Cepea, a disponibilidade de laranjas maduras segue elevada, principalmente das variedades tardias, embora, segundo citricultores, a produção de temporãs em 2017 esteja inferior à de anos anteriores.
Assim, de 11 a 14 de dezembro, a variedade teve média de R$ 20,77/caixa de 40,8 kg, na árvore, com queda de 1,5% frente ao período anterior. Quanto à lima ácida tahiti, o calibre inferior ao demandado pelos mercados interno e externo continua dificultando o escoamento da variedade e, consequentemente, pressionando os valores.
Na média parcial desta semana, o preço de comercialização da tahiti foi de R$ 42,00/caixa de 27 kg, colhida, no mercado doméstico, com queda de 14,5% em relação à semana passada.
Banana: cotações da prata reagem no Vale do Ribeira (SP)
A prata litoral produzida no Vale do Ribeira (SP) se valorizou nesta semana (11 a 15/12). As cotações fecharam na média de R$ 1,31/kg, cerca de 16% acima da semana passada.
A alta nas cotações veio com a diminuição da demanda pela fruta por conta da proximidade das festas de final de ano, que tendem a esfriar o mercado. De acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea, o principal fator responsável pela valorização é o menor volume disponível para comercialização.
Somado a isso, o clima ameno possibilitou a boa maturação das pencas, que chegaram ao mercado com boa qualidade e coloração atrativa.
A expectativa para as próximas semanas é de oferta mais controlada nas roças paulistas, o que pode elevar ainda mais as cotações, apesar da menor movimentação nos centros consumidores. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.
Maçã: fuji desvaloriza mesmo no final do ano
Nesta semana (11 a 15/12), produtores de Vacaria (RS) que possuem maçã fuji de boa qualidade optaram por comercializar a gala e guardar a variedade tardia para a última semana do mês. Isso porque espera-se que os produtores que têm a fuji com menor qualidade vendam a fruta na próxima semana, permitindo uma valorização no final do ano.
Além disso, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, as categorias 2 e 3 da fuji são as que mais estão com seus preços prejudicados por problemas de podridão. Para as próximas semanas, a expectativa é de que haja dificuldade de carregamento das maçãs. Isso porque, devido às festas de final de ano, há pouca disponibilidade de motoristas e dificuldades com fretes.
Além disso, espera-se que as melhores vendas se concentrem no início de cada semana, diferente do que normalmente ocorre. Nesta, a média dos preços da fuji graúda Cat 1 foi 6% menor, quando comparada com a semana anterior, fechando a R$ 41,00/caixa de 18 kg na região gaúcha. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.
Fonte: Cepea