O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibilizou, no último dia quatro de dezembro, o conjunto completo de mapas contendo informações em Geologia (rochas), Geomorfologia (relevo), Pedologia (solos) e Vegetação para todo o Brasil.
Desenvolvido ao longo de quase duas décadas, o mapeamento dos recursos naturais do território nacional subsidia estudos ambientais e pode ser visualizado aqui.
Tratam-se das últimas 122 cartas para composição do território brasileiro, na escala cartográfica de 1:250.000, um fato inédito no País. Até julho de 2018, esse mapeamento integrará um banco de dados digital aberto a consultas pela internet.
As informações estão em arquivos vetoriais do tipo shapefile, que podem ser editadas em softwares de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), permitindo o cruzamento com diferentes temas ou com informações de outras instituições.
IMAGENS DE SATÉLITES
O levantamento, que começou no final da década de 1990, traz informações consolidadas por meio da interpretação de imagens de satélites e de diversos trabalhos de campo, por todo o Brasil.
A escala cartográfica adotada de 1:250.000 permite um nível de detalhamento regional e carrega uma herança metodológica e informacional dos projetos RadamBrasil (Radar da Amazônia), iniciado nos anos 1970 e encerrado em 1985, e do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
De acordo com o IBGE, “é uma grande conquista para o Brasil, uma vez que poucos países no mundo dispõem de um mapeamento contínuo de todo seu território nessa escala”.
“Outra inovação é a disponibilização dos dados geoespaciais de forma catalogada e interoperável, o que permitirá a integração das informações geocientíficas.”
POLÍTICAS PÚBLICAS
A publicação, que integra o Projeto de Levantamento de Recursos Naturais do IBGE, também apresenta informações que servem de base para futuras políticas públicas, além de contribuir para a construção de indicadores de acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Segundo o Instituto, a utilização de apenas uma metodologia para o território brasileiro “torna esses mapeamentos comparáveis entre si e passíveis de uma futura integração com outros temas, como o risco de deslizamentos, a fragilidade ambiental, o potencial agrícola, vulnerabilidade da biodiversidade, entre outros, dando suporte ao planejamento ambiental e à elaboração e aplicação da legislação ambiental”.
Fonte: IBGE com edição d’A Lavoura