Com ajuda de nove instituições parceiras, o IBGE completou o segundo mês de coleta do Censo Agropecuário 2017 e superou a casa dos dois milhões de propriedades recenseadas. Até o dia 30 de novembro, foram visitadas, ao todo, mais de 2.2 milhões de estabelecimentos, cerca de 42% do total estimado para o Brasil.
As parcerias são fundamentais para a divulgação do Censo Agropecuário entre os produtores, para facilitar a recepção dos recenseadores nas propriedades e conscientizar os proprietários de estabelecimentos sobre a importância de responder, de forma precisa, aos agentes da pesquisa. Em troca, o IBGE irá produzir tabulações especiais para essas entidades, atendendo necessidades que elas tenham de informações sobre o setor.
“Essas parcerias nunca foram feitas para o Censo Agro. Há um ineditismo ai. Outra coisa de vanguarda foi a previsão da produção de tabulações especiais como contrapartida”, disse o assessor da coordenação de operação de Censos David Montero.
“Fora isso, são representações de nível nacional, representantes legítimos do setor. Por meio destas entidades, estamos conversando com milhares de pessoas”. Uma das parceiras é a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), que representa as cooperativas de produtores rurais por todo o Brasil.
“Como um segmento representativo na agropecuária brasileira, reunindo cerca de um milhão de produtores rurais em mais de 1.500 cooperativas, é essencial que o cooperativismo apoie a elaboração de políticas públicas alinhadas às necessidades do setor, e o Censo Agropecuário tem um papel importante nesse sentido”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas.
Segundo ele, “com o Censo, será possível estabelecer, além de um retrato da agropecuária nacional, a base para o desenho de um plano de ação que contribua para o fortalecimento do cooperativismo agropecuário, e por consequência para o desenvolvimento do setor produtivo do país”.
O Instituto Pensar Agropecuária (Ipa), por sua vez, reúne 42 entidades do setor rural, que debatem estratégias para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, dando suporte aos trabalhos da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), formada por deputados e senadores.
“É uma parceria exitosa no sentido de apoiar as ações do IBGE junto a todo o sistema produtivo, com o objetivo de aprimorar as políticas públicas para o setor agropecuário com adequações necessárias à realidade de cada produtor e região”, disse o presidente do Ipa, Fábio de Salles Meirelles Filho.
“Esse mapeamento auxilia nos índices de produtividade alcançados pelo agronegócio, no acesso ao crédito, na distribuição de renda, na geração de emprego, bem como no custo adequado dos produtos que chegam ao consumidor brasileiro”, destacou Meirelles.
Enquanto isso, a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares) reúne sindicatos pequenos produtores em todo o país, com mais de 50 anos de existência. “A parceria com o IBGE tem a finalidade de apoiar o Censo Agro, um verdadeiro banco de dados que vai nos ajudar a aprimorar as políticas públicas para o campo brasileiro”, declarou o presidente da Contag, Aristides Veras dos Santos.
São, ao todo, nove parceiras entre o IBGE e diferentes grupos do setor agropecuário. Além da OCB, da Contag e do Ipa, também são parceiras do Censo: Andav (Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários), Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria de Trigo), ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), CNA (Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil) e FNP (Frente Nacional de Prefeitos).
“Isso tem tudo a ver com a missão do IBGE. Temos uma meta estratégica que é ‘estabelecer parcerias para o fomento da utilização das informações produzidas pelo IBGE’. É Isso que estamos fazendo”, disse David Montero.
Fonte: IBGE