Avô e neto mudam cenário da fazenda após recuperação de pastagens

Comitiva do Programa ABC Cerrado visita os produtores sul-mato-grossenses Manoel Vital e seu neto José Renato Vilela Assunção (no destaque), que comandam a Fazenda Boa Esperança, onde foram recuperados 350 de 700 hectares de pastagens. Foto: Divulgação

Pastagens mais vigorosas, animais mais sadios e um ciclo de engorda mais curto. Esses foram os principais resultados obtidos pela família Vilela Assunção quando decidiu aderir, há quatro anos, às boas práticas no campo com o objetivo de recuperar as pastagens.

O início foi modesto: investiu em apenas 48 dos 700 hectares da Fazenda Boa Esperança, que fica no município de Paranaíba, em Mato Grosso do Sul. Mas hoje o cenário é outro, considerando que metade das pastagens da propriedade está recuperada.

Para conseguirem esse feito, o patriarca Manoel Vital e o neto José Renato Vilela Assunção decidiram ficar mais atentos à sustentabilidade da fazenda, após aderirem ao programa Mais Inovação, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso Sul (Senar-MS), por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).

A fazenda deles foi um dos destinos da comitiva do Projeto ABC Cerrado, no último dia 20 de novembro. Representantes do Senar Nacional e de MS, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Banco Mundial visitaram a propriedade para conhecerem, in loco, os resultados da orientação oferecida pela ATeG aos produtores rurais.

DIA DE CAMPO

Os Assunção Vilela, que possuem 1,5 mil animais para recria e terminação em sua fazenda, passaram a integrar o Mais Inovação depois de participarem de um dia de campo realizado no município sul-mato-grossense de Três Lagoas, onde puderam conhecer uma propriedade atendida pelo mesmo programa.

Para José Renato, esse foi o pontapé para o sucesso da Fazenda Boa Esperança: “Essa visita gerou curiosidade em nós e, a partir daí, decidimos investir. Nesses quatro anos de assistência técnica, tivemos excelentes resultados, como ganho de peso dos animais e maior taxa de lotação dentro da propriedade, liberando automaticamente o restante da área para outros tipos de animais e também para o aumento da qualidade das outras áreas”, explica o produtor.

DESAFIO

Coordenadora da área técnica do Senar-MS, Mariana Urt lembra que o começo das atividades da ATeG, na propriedade da família Vilela Assunção, foi um desafio por ser o início de um processo de sucessão familiar.

“O neto estava disposto a inovar, mas o avô tinha certa resistência. Após o segundo ano de acompanhamento e resultados positivos, o trabalho fluiu, mas sempre aliando novas tecnologias com a experiência do senhor Manoel. Essa visita que fizemos foi muito importante para eles, pois se sentiram valorizados e perceberam que realmente estão no caminho certo”, comenta Mariana.

Gestor do Projeto ABC Cerrado no Senar Nacional, Mateus Tavares destaca “a importância de o produtor querer a inovação na propriedade, para que os resultados apareçam”.

ALINHAMENTO

A ATeG é uma das etapas do projeto realizado em cinco Estados brasileiros, que contam com o ABC Cerrado: Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins.

“É preciso alinhar a assistência técnica com o trabalho do produtor, que precisa querer inovar. Assim, será possível alcançar resultados tão bons quanto o que observamos na Fazenda Boa Esperança”, avalia Tavares.

Por A Lavoura com informações da assessoria de comunicação do Sistema CNA/Senar

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