Rabobank: soja pode manter US$ 10,00 por bushel em 2018/19

As projeções do Rabobank são ligeiramente altistas para os preços dos contratos da temporada 2018/19, resultado da política global de biodiesel, do crescimento da demanda de rações e do consequente aumento dos negócios globais. Segundo o banco, existe “o potencial de os preços de Chicago permanecerem acima de US$ 10,00/bushel por períodos de tempo mais longos do que nas duas últimas temporadas”.

A instituição financeira, que é especializada no agronegócio, destaca que as perspectivas de preços serão “limitadas” por ações que provavelmente permanecerão “historicamente altas”. A previsão seria de um acréscimo de 300.000 acres para 89.9 milhões de acres no plantio de soja nos EUA no próximo ano, contrabalanceado com o crescimento de 2.3 milhões de toneladas para 98.3 milhões de toneladas nas importações chinesas em 2018-19.

No complexo de oleaginosas, o Rabobank afirma que os preços do óleo de palma deverão ter “uma perspectiva de baixa até 2018, enquanto a produção global aumenta 10% ao ano, superando o crescimento da demanda”. A previsão reflete expectativas de crescimento de 13% na produção de óleo de palma da Malásia e expansão de 9% na Indonésia diante da seca.

“O desenvolvimento do La Niña poderia ser uma fonte significativa de volatilidade dos preços das commodities, que vão desde o óleo de palma até culturas similares nas Américas, onde a seca pode ocorrer nos estados do sul dos Estados Unidos e partes da Argentina e do sul do Brasil”, indica o banco.

O Rabobank afirmou ainda que a política de comércio global “deverá desempenhar um papel fundamental na volatilidade dos preços e nos fluxos de comércio de commodities” no próximo ano. Aponta também que as taxas globais de frete “poderiam ter uma influência crescente”.

“As tarifas crescentes e os altos custos de combustível levarão a maiores custos de frete nos próximos anos. Como resultado, é provável que vejamos uma mudança no movimento de commodities em todo o mundo, com taxas de frete mais altas que poderão corroer a competitividade das exportações”.

 

Fonte: Agrolink

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