Cientistas do Centro de Ciência das Plantas Donald Danforth, em Saint Louis, no Missouri, com a colaboração do Instituto de Pesquisas de Lavouras dos Trópicos Semi-Áridos em Huderabad, da Índia, e estudiosos da Louisiana State University, descobriram como suprimir o fungo que produz aflatoxina em amendoins.
A descoberta teria o potencial de melhorar de forma drástica a segurança alimentar e reduzir perdas causadas pela contaminação da aflatoxina, que é cancerígena. O estudo foi publicado no Plant Biotechnology Journal.
As aflatoxinas trazem um grande risco à saúde humana animal e resultam em grande desperdício de comida.
Os mofos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, que infectam amendoim, milho, algodão e pimenta, produzem toxinas que suprimem o sistema imunológico e limitam o crescimento de crianças e até causa câncer no fígado.
O fungo que produz essas toxinas podem estar inativo no solo por muitos anos. Ele infecta o milho e amendoim durante a seca e períodos de calor. A contaminação também acontece quando o grão é armazenado em condições com pouca ventilação.
Visto que as aflatoxinas são potencialmente cancerígenas, os Estados Unidos não permitem a venda e exportação de comida com níveis de aflatoxinas superior a 20 partes por bilhão. Os padrões da União Europeia são mais rigorosos: duas partes por bilhão.
“As defensinas da planta exigem um anti-fúngico potente contra vários patógenos fúngicos importantes. É animador ver uma aplicação exitosa dessa tecnologia reduzindo a infecção da pré-colheita pela Aspergillus e aliviando a carga das micotoxinas em amendoim transgênico”, disse Dilip Shah, principal pesquisador do Centro de Ciência das Plantas Danforth.
“Se empregado comercialmente, essa tecnologia tem um potencial significativo para contribuir com a segurança alimentar nos países em desenvolvimento, onde a contaminação de micotoxina em amendoim, pimenta, milho e algodão são uma grande ameaça para a saúde humana e animal”, acrescentou Shah.
A produção mundial de amendoim é de 29 milhões de toneladas por ano. Os maiores produtores são China, Índia e Estados Unidos. Além disso, é o décimo segundo cultivo de maior valor no mundo, com um valor agregado superior a US$ 1 bilhão somente nos Estados Unidos.
Fonte: Agrolink