Após obter três altas de R$ 0,05 cada em menos de três semanas de negócios (o que parece pouco, mas com grande significado após seis meses de absoluta imutabilidade de preços), o frango vivo negociado no interior paulista passou a última semana (a quarta de outubro) sem qualquer alteração na cotação.
Porém, a manutenção do valor de R$ 2,70/kg alcançado no sábado retrasado (21/10), não significou alteração das condições de mercado que, pelo contrário, manteve a firmeza das semanas anteriores. E só não ocorreram novos reajustes porque o frango abatido, diretamente sujeito ao poder aquisitivo do consumidor final, manteve o recuo típico de toda segunda quinzena de mês.
Talvez outros ingredientes estejam presentes. Mas, no momento, quatro diferentes fatores parecem estar contribuindo para a firmeza do mercado de aves vivas:
(1º) Provável continuidade da queda na oferta interna (em setembro foi registrada a menor dos últimos três anos, e pelo menos até aqui não há fato novo que estimule o setor a aumentar a produção);
(2º) Início da formação de estoques de frango abatido visando ao atendimento da demanda extra do período de festas;
(3º) Extensão do período de criação visando à produção dos “frangões” natalinos, fator que, momentaneamente, reduz o volume diário de aves abatidas;
(4º) Bom desempenho das exportações. Mesmo recuando em relação a setembro passado, as exportações deste mês vêm apresentando bons resultados. Tudo indica que devem registrar o maior volume de todos os tempos para um mês de outubro.
Fonte: AviSite
