Os contratos futuros da soja ampliaram as perdas na Bolsa de Chicago (CBOT) e voltaram a fechar em baixa, com os principais vencimentos registrando quedas de 5,75 a 6,50 centavos. O novembro/17 fechou cotado a US$ 9,74 ¼ e o maio/18 a US$ 10,04 ½ o bushel.
Segundo as agências internacionais, o mercado da oleaginosa foi pressionado pelo avanço na colheita do grão norte-americano. “O mercado foi pressionado pelo forte ritmo da colheita norte-americana”, destacou a Granoeste Corretora de Cereais em seu comentário diário.
No final desta segunda-feira, o USDA informou que a colheita estava completa em 70% da área plantada nesta temporada. O percentual representa um avanço de 21% em relação à última semana, de 49% e, se aproximou da média do mesmo período do ano passado, de 74%.
O site internacional, Agriculture.com, reportou que “mais do que concentrado no avanço da colheita, o mercado acompanha os rendimentos das lavouras americanas”.
“O tempo na América do Sul continua a ser observado de perto, enquanto o plantio continua lá”, informou o site Allendale. Segundo consultorias privadas até a última semana, cerca de 20% da área estimada para essa safra já havia sido plantada.
Mercado interno
Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca da soja subiu 2,90% em Castro (PR), cotada a R$ 71,00. Em Rio Verde (GO), a alta foi de 1,79%, com a saca cotada a R$ 57,00. Já no Oeste da Bahia, a alta da saca foi de 1,53%, cotada a R$ 61,60.
No Porto de Paranaguá, a saca subiu 1,39% no mercado disponível e foi cotada a R$ 73,00. No mercado futuro a alta foi de 0,68% e a saca foi cotada a R$ 73,50. No terminal de São Francisco do Sul (SC), a alta foi de 1,12%, com a saca cotada a R$ 72,30.
Apesar da queda no mercado internacional, os preços foram sustentados pela alta do dólar. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 3,2473 para venda, em alta de 0,50%.
Milho fecha em alta na CBOT, com o mercado acompanhando a colheita
Ao contrario da soja, os principais vencimentos dos contratos futuros do milho na CBOT fecharam novamente em leve alta de 0,75 centavos, com o dezembro/17 cotado a US$ 3,52 e o março/18 a US$ 3,66 o bushel.
Esse comportamento foi ditado pelo ritmo da colheita, que segue atrasada em relação à da safra anterior e a média dos últimos cinco anos.
O USDA divulgou ontem, que até o último domingo já haviam sido colhidos 38% da área, contra 59% da média dos últimos cinco anos.
Mercado interno
Apesar da alta do dólar, não houve movimento significativo no mercado. A demanda segue retraída em praticamente todas as praças produtoras do cereal. No Paraná, apenas em Castro a saca subiu 3,7%, sendo cotada a R$ 28,00, refletindo a escassez de milho em uma região sem produção de inverno.
Em Cascavel, Londrina, Ubiratã, entre outras praças, a saca se manteve nos mesmos níveis de segunda-feira: R$ 22,00, R$ 21,50 e R$ 22,00, respectivamente.
No Mato Grosso foram registrados negócios significativos em Sorriso, com a saca subindo 2,31%, cotada a R$ 13,30.