Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em leve alta, com os principais vencimentos registrando ganhos de 2 a 2,25 centavos. O vencimento novembro/17 fechou cotado a US$ 9,86 ½ e o maio/18 a US$ 10,16 o bushel.
“Depois de três sessões em queda e perdas de 1,5%, o mercado busca alguma recuperação”, reportou a Granoeste Corretora de Cereais em seu comentário diário. O foco do mercado ainda permanece no comportamento do clima nos EUA e também no Brasil, segundo as agências internacionais.
A expectativa é que a colheita americana ganhe mais ritmo essa semana com o clima mais seco no EUA. Até o último domingo, 49% da área plantada já havia sido colhida. O USDA atualizará as informações na próxima segunda-feira.
Para o Brasil, as atenções estão voltadas para as chuvas e o andamento do plantio da safra de 2017/18. Em muitas regiões produtoras, as precipitações ainda não estão regulares, o que tem impedido os trabalhos nos campos. As previsões indicam precipitações mais regulares a partir do dia 23 de outubro.
Paralelamente, a demanda também continua no radar dos investidores. Em recente entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista da Agrinvest, Eduardo Vanin, disse que a postura da China mais agressiva nas compras nas próximas semanas poderá contribuir para novas altas para os preços da soja no mercado internacional.
Ainda hoje, o USDA reportou a venda de 384.000 toneladas de soja da safra 2017/18 para a China.
Já as vendas semanais de soja somaram 1.275.100 toneladas na semana encerrada no dia 12 de outubro. O volume ficou abaixo das expectativas do mercado, entre 1.3 milhão a 1.7 milhão de toneladas.
Mercado brasileiro
Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca subiu 3,77%, para R$ 55,00 em Sorriso (MT). Em Brasília, a alta foi de 1,61%, com a saca cotada a R$ 63,00.
No Paraná, nas praças de Ubiratã e Cascavel, a alta foi de 0,81%, com a saca cotada a R$ 62,00. No Porto de Rio Grande, a saca no mercado disponível subiu 0,28% e finalizou o dia cotada a R$ 71,80 e no futuro, para o embarque maio/18, encerrou cotada a R$ 75,00, em alta de 0,67%.
As cotações foram influenciadas pelos ganhos no mercado internacional e também pela alta no dólar. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 3,1760 para venda, em alta de 0,34%.
“Votamos a ter negócios da safra nova no Brasil, com patamares acima de R$ 75,00 a saca para entrega futura nos portos. A comercialização ainda está atrasada, mas é um sinal positivo e que começa a dar lucratividade aos produtores”, disse Vlamir Brandalizze.
Milho fecha praticamente estável em Chicago
Os contratos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam praticamente estáveis, com os principais vencimentos registrando altas de 0,50 centavos. O vencimento dezembro/17 fechou cotado a US$ 3,49 e o março/18 a US$ 3,62 ¾ o bushel.
Argentina estima aumento da área plantada de milho na safra 17/18 para 8.9 milhões de hectares
O Ministério da Agricultura da Argentina estimou nesta quinta-feira, 19 de outubro, que a área plantada de milho na safra 2017/18 no país deve alcançar 8.92 milhões de hectares, contra 8.48 milhões de hectares na safra anterior, em sua primeira estimativa para a nova temporada.
As estimativas de plantio de milho do governo da Argentina, terceiro maior exportador global do grão, incluem milho para uso não-comercial.
A Bolsa de Grãos de Buenos Aires, que é amplamente usada como referência, estima a área de plantio do milho comercial em 2017/18 em 5.4 milhões de hectares, segundo o relatório semanal da bolsa, que também foi divulgado nesta quinta-feira.
A bolsa disse que 27,7% do plantio de milho deste ano já foi concluído. O ritmo da semeadura neste ano está 5,9% à frente do da safra passada, disse a instituição.
O governo estima a área de plantio do trigo na Argentina em 2017/18 em 5.93 milhões de hectares, contra estimativa anterior de 5.78 milhões de hectares.