Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas durante o pregão desta terça-feira (17 de outubro) e voltaram a fechar em baixa, com os principais vencimentos registrando quedas de 5,75 a 6,25 centavos. O novembro/17 fechou cotado a US$ 9,84 ¾, enquanto o maio/18 fechou a US$ 10,14 o bushel.
“Apesar do lento ritmo da colheita norte-americana, o mercado deu sequência à liquidação de posições, depois dos bons ganhos registrados na semana passada”, destacou a Granoeste Corretora de Cereais em seu comentário diário.
Ontem, o USDA informou que a colheita de soja no país atingiu 49% da área semeada nesta temporada. O percentual ficou acima do esperado pelo mercado, que variava entre 46% e 48%. A média dos últimos anos é de 60% e no mesmo período do ano anterior o percentual era de 59%.
O USDA ainda informou nesta terça-feira a venda de 227.300 toneladas de soja da safra 2017/18 para destinos desconhecidos.
Além disso, o foco do mercado permanece nas chuvas e no plantio no Brasil. “O mercado continua preocupado com a seca em algumas regiões produtoras de soja no Brasil. Nós talvez possamos atingir a extensão de prêmio de risco que o mercado está disposto a adicionar por enquanto”, disse Tobin Gorey, diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank of Australia em entrevista à Reuters.
Segundo as últimas previsões do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as chuvas deverão ficar mais favoráveis ao plantio da soja a partir do dia 23 de outubro. No maior estado produtor do grão na safra de verão, o Mato Grosso, 14,4% da área foi plantada até o momento, contra 30% em igual período do ano anterior, segundo dados do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
Em Sinop, importante região produtora, o presidente do sindicato rural, Antônio Galvan, destaca que as chuvas permanecem irregulares e somente 15% da área foi cultivada com a soja. No mesmo período do ano passado, o percentual era de 70%.
Mercado brasileiro
Segundo levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca subiu 2,47% em Alto Garças (MT), cotada a R$ 62,20. Em Primavera do Leste (MT), a alta foi de 1,17%, com a saca cotada a R$ 60,50.
No Porto de São Francisco do Sul, a saca no mercado disponível subiu 1,42%, cotada a R$ 71,20. Em Rio Grande, o mercado disponível cedeu 0,69% e a saca foi cotada a R$ 72,00. Nos demais terminais o dia foi de estabilidade.
As cotações apresentaram ligeiras altas apesar da queda registrada na CBOT e também no dólar. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 3,1690 para venda, em leve queda de 0,12%.
Mercado de milho volta a fechar em leve baixa em Chicago
Os contratos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a fechar em leve baixa, com os principais vencimentos registrando quedas de 0,50 a 0,75 centavos, com o dezembro/17 cotado a US$ 3,50 e o março/18 a US$ 3,63 ¾ o bushel.
A colheita do milho havia atingido 28% da área plantada até domingo. O percentual ficou abaixo das expectativas do mercado de 30%. Na semana anterior, o percentual era de 22% e no mesmo período do ano anterior, de 44%.
As condições das lavouras registraram uma melhora generalizada. Apenas dois estados registraram condições piores, Illinois e Nebraska. Segundo o USDA, 90% das lavouras estão em fase de maturação, contra 82% na semana passada. Em igual período de 2016, o percentual era de 96%. O USDA elevou ainda para 65% o percentual de lavouras em boas ou excelentes condições.
Com isso, o Farm Futures aumentou a estimativa da produtividade para uma faixa de 167,4 bushels a 169,6 bushels por acre.
O clima parece que favorecerá a colheita nas planícies e em outras regiões produtoras, já que ficará mais seco.
Mercado Brasileiro
Mercado parado.
A saca foi cotada a R$ 21,50 e R$ 21,00 em Cascavel e Londrina no Paraná, No Mato Grosso, o movimento de ontem foi suficiente para deixar a saca hoje nos mesmos níveis, cotada em Sorriso a R$ 13,00 e em Campo Novo do Parecis a R$ 15,50, para citar dois exemplos.
