Mercado de defensivos ainda sofrerá impactos da reestruturação chinesa

“Todo o mercado mundial de defensivos agrícolas sofreu e ainda sofrerá impactos desta reestruturação chinesa”. A afirmação é do vice-presidente da Ourofino Agrociência Marcelo Abdo, em entrevista ao Portal Agrochemicals, ao comentar a redução da oferta de matérias-primas e ingredientes ativos, determinada pelo governo do gigante asiático como parte de seu plano plurianual de recuperação ambiental.

Para mitigar o risco de fornecimento, o executivo revela que a Ourofino Agrociência mantém em Shangai, na China, uma equipe especializada e focada em aproximar-se dos atuais fornecedores, e prospectar novos: “O trabalho é feito in loco e, assim, o relacionamento é estreito, o que possibilita checar a produção dos fornecedores, garantindo o padrão de qualidade exigido. Trabalhamos por uma estratégia assertiva, que minimize os problemas em nosso dia a dia nas importações”.

Segundo Abdo, a Ourofino Agrociência tem como foco quatro culturas: cana-de-açúcar, soja, milho e algodão. “Para a primeira, contamos com um portfólio robusto e atuamos por meio do programa Ciclo 100, que oferece ao agricultor soluções para o manejo integrado de plantas daninhas”, disse.

“Já as demais culturas fazem parte do Focus 360, que apresenta o mesmo conceito para o manejo de resistência de pragas, plantas daninhas e doenças, sendo que a cada ano reforçamos a nossa cartela de soluções. Logo teremos mais opções para o produtor: mais de 24 produtos já foram submetidos para registro e chegarão ao mercado nos próximos cinco anos”, afirmou Abdo.

“Sobre o processo de liberação de registros, vemos como grande dificuldade a falta de previsibilidade na aprovação. Os prazos estabelecidos pelo decreto não são cumpridos, impossibilitando o lançamento de novos produtos para a agricultura brasileira”, enfatizou o vice-presidente.

 

Fonte: Agrolink

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