Segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) do Paraná, a área estimada de feijão das águas para a safra 2017/18 deverá alcançar 198.244 hectares. Se for confirmada, será 2% maior que os 194.108 hectares cultivados na safra 2016/17. A produção estimada é de 383.204 toneladas, 4% superior as 368.207 toneladas na safra anterior, um aumento de 14.900 toneladas de feijão.
O plantio da safra de feijão das águas teve início em agosto de 2017, com 1% da área total plantada ou 1.324 ha, distribuídos inicialmente nos Núcleos Regionais de Francisco Beltrão, Guarapuava, Jacarezinho e Ponta Grossa. O mês de setembro deste ano no Paraná se mostrou seco e com temperaturas mais elevadas que a média.
As pequenas precipitações ocorridas se dividiram basicamente em quatro dias, sendo que o maior volume acumulado foi 31 mm na estação do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) em Fernandes Pinheiro. Foram 38 dias sem chuvas no estado. Situação diferente foi registrada em setembro de 2016, onde as precipitações foram constantes e bem distribuídas e alcançaram o maior volume acumulado no mês, com 119 mm na estação do Simepar de Palmas.
O tempo seco paralisou a semeadura, e em grande parte das lavouras que foram semeadas, as condições de campo não são boas. Os produtores até o momento semearam em torno de 20% do total da área estimada, um dos menores percentuais nos últimos dez anos. Algumas áreas de plantio direto permitiram um bom desenvolvimento das lavouras de feijão. As fases das áreas semeadas se dividem em: 27% germinação, 71% desenvolvimento vegetativo e 2% na fase de floração.
De acordo com a Deral/Seab, o preço médio nominal mensal recebido pelos produtores em setembro de 2017 foi R$ 94,07 por saca de 60 kg feijão cores e R$ 112,41 por saca de 60 kg para o feijão preto. Para o mesmo período em 2016, a queda foi de 72,26% para o feijão cor e 45,27% para o feijão preto. Os preços recebidos pelos agricultores em 2016 foram bem acima da média – valores motivados pela redução em torno de 22% na safra nacional 2015/16, e principalmente por um produto de qualidade inferior, devido ao excesso das chuvas em algumas regiões.
Fonte: Deral/Seab