Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago seguem próximos da estabilidade. Por volta das 12h50 (Horário de Brasília), os principais vencimentos oscilavam de baixa de 0,25 a alta de 0,25 centavos, com novembro/17 cotado a US$ 9,57 ¼ e o maio/18, referência para a safra brasileira, a US$ 9,85 ½ o bushel.
No porto de Paranaguá, o mercado voltou a perder um pouco de força, mas segundo informações da Granoeste Corretora de Cereais, a saca oscilava entre R$ 70,00 e R$ 70,50. O dólar também está em baixa. Por volta das 12h50, estava cotado a R$ 3,1450 para venda, em queda de 0,32%.
O mercado futuro segue pressionado pela colheita nos Estados Unidos, que até o último domingo estava concluída em 22% da área, segundo o USDA. A evolução na semana foi de 12%. Contudo, o mercado esperava que 25% de área já tivesse sido colhida.
Segundo analistas internacionais, o avanço dos trabalhos de campo já aumenta as especulações para o novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA divulgará no próximo dia 12.
“Nos últimos 20 anos, do relatório de setembro ao de janeiro, as estimativas de produtividade da soja foram revisadas para cima 11 vezes, com uma média de aumento de 5,1%. E essa média inclui três anos de mudanças drásticas: 2003, com alta de 10,4%; 2004 com alta de 9,3% e 2012, com queda de 12,2%”, informou a consultoria internacional Allendale.
Também no radar do mercado segue a melhoria das condições climáticas no Brasil, que favorece o início do plantio da safra 2017/18, o que também pesa sobre as cotações ou, pelo menos, limita uma tentativa de recuperação.
Entre os fatores técnicos e externos, o mercado se atenta também ao comportamento do dólar, principalmente no mercado externo, com uma alta expressiva da divisa nos últimos dias. O movimento reduz a competitividade dos produtos negociados na bolsas norte-americanas e acaba pesando não só sobre a soja, mas sobre todas as commodities de uma forma generalizada.