Clima e tempo: computador de alto desempenho vai aprimorar previsão de curtíssimo prazo

O Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram), vinculado à Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC (Epagri), está instalando uma nova tecnologia que vai aprimorar a previsão de curtíssimo prazo, que consegue antecipar em até seis horas a ocorrência de eventos meteorológicos com potencial para causar prejuízos, como tempestades severas aliadas a ventos fortes, chuvas intensas e granizos, entre outros.

Trata-se de um computador de alto desempenho (servidor), no valor de R$ 60 mil, que vai unir em um único produto modelos numéricos de previsão do tempo, dados meteorológicos das estações automáticas e informações geradas por radar meteorológico. Assim, será possível prever com mais precisão a ocorrência de eventos meteorológicos extremos no território catarinense.

O novo equipamento foi adquirido por meio do projeto Suporte à Previsão de Curtíssimo Prazo Através da Assimilação de Dados em Ciclo de Atualização Rápida (CAR), coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e financiado pelo CNPq. Além da Epagri/Ciram, outras instituições participam da pesquisa, entre elas o Centro de Previsão de Tempo e estudos Climáticos (Cptec) e Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e até a Nasa.

Clóvis Corrêa, meteorologista da Epagri/Ciram e coordenador do projeto dentro da instituição, explica que, normalmente, os modelos matemáticos são usados para fazer previsões de prazo mais estendido (72, 48 e 24 horas), enquanto que os radares servem mais para previsões de curto prazo.

Cabe ao meteorologista, com base em seu conhecimento e experiência, fazer a união dos dados gerados pelos dois sistemas, a fim de produzir a previsão, no caso de evidência de eventos meteorológicos intensos. Com a união das duas tecnologias em um único computador essas informações serão automaticamente integradas, dando mais agilidade e precisão ao trabalho.

Clóvis conta que, por enquanto, o servidor está em fase de testes, mas deve estar operacional até o final do ano. Além de ajudar na previsão operacional, o novo equipamento vai também colaborar com pesquisas que buscam detalhar os fenômenos meteorológicos que ocorrem em Santa Catarina e no Brasil.

Fonte: Epagri

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